Caetano Veloso 80 anos: ‘completamente brasileiro, e absolutamente internacional’
Caetano Emanoel Viana Teles Veloso, ou simplesmente Caetano Veloso, como o mundo o conhece, nasceu em Santo Amaro (BA) no dia 7 de agosto de 1942. Caetano é cantor, compositor, arranjador e escritor e já tem mais de 50 anos de carreira, mais do que consolidada e respeitada, não apenas aqui, mas em todo o planeta.
Caetano Veloso deu início, profissionalmente na música, em 1965, quando lançou o compacto “Cavaleiro/Samba em Paz”.
Em 1968, Caetano liderou o Tropicalismo, movimento que revolucionou o cenário musical brasileiro, ao lado de nomes como Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé, dentre tantos outros.
Em 1976, ele, ao lado de Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia, fundaram os Doces Bárbaros, influenciado pela temática hippie dos anos 1970, lançando um disco, Doces Bárbaros, e saindo em turnê.
Caetano Veloso, que sempre se inova e se renova, é considerado um dos artistas brasileiros mais influentes, desde a década de 1960. O baiano ainda é considerado um dos maiores compositores do século XX, figurando em listas que contém nomes como Bob Dylan, Bob Marley, John Lennon e Paul McCartney.
Caetano foi eleito, pela revista Rolling Stone, o quarto maior artista da música brasileira de todos os tempos e o oitavo maior cantor brasileiro de todos os tempos.
Toda esta trajetória não poderia passar em branco, aqui no Versos e Prosas! Então, para “Caetanear o que há de bom”, como diria outro mestre da MPB, Djavan, no clássico Sina, convidamos grandes nomes da nossa Música Popular Brasileira, sendo que alguns deles já atuaram ao lado de Caetano, para prestarmos, juntos, uma singela homenagem a este artista baiano que, devido à sua mais do que vitoriosa e consagrada carreira, é respeitado e admirado não apenas aqui, mas pelo mundo afora, pelo brilhante artista que é, e pelas posições sempre firmes que toma, quando é chamado!
Baby do Brasil, Maria Gadú, Leo Jaime, Leoni, Vinícius Cantuária, Ricardo Bacelar, Arnaldo Brandão, Marcelo Costa, Delia Fischer, Badi Assad, Daniel Gonzaga, Anna Ratto, Da Ghama, Fi Bueno, Maria Rita Stumpf, Kika e Renan, Tuca Oliveira, Roberta Spindel, Beto Ehong, Jana Linhares, Pedro Cini, Paula Santoro e Gabriel Sá prestaram sua homenagem a Caetano, em depoimentos sinceros e emocionantes, e que você pode conferir, na íntegra, no canal do YouTube do Versos e Prosas!
Baby do Brasil: ‘compositor incrível, absurdamente fabuloso’
Baby do Brasil, que ganhou notoriedade à frente dos Novos Baianos, ao lado de Pepeu Gomes (com quem foi casada) e Moraes Moreira (1947 – 2020), conversou conosco sobre os 80 anos de Caetano Veloso. Ela, que teve uma famosa canção composta por Caetano, para a sua interpretação, encheu o artista baiano de elogios e fez questão do privilégio de ter uma canção composta por Caetano, exclusivamente para ela:
“Falar de Caetano é algo assim muito especial na minha vida, porque eu tive o privilégio de cantar Menino do Rio, uma música feita para mim, que já é um privilégio maior ainda! Um compositor incrível, absurdamente fabuloso, fantástico! Autor de Alegria, Alegria! Autor de tantas composições com letras espetaculares, profundas!”, destacou ela, que ainda deu uma canja lá em nosso canal.
Kika e Renan: homenagem em forma de carta e poema
Para representar o que querem dizer a Caetano, Kika Malk e Renan Rodrix leram um trecho de uma carta, escrita por ele, que exaltava as qualidades e a fartura da obra de Caetano. Além disso, um poema em sua homenagem também foi-lhe dedicado.
“Parabéns, beijo no seu coração, longevidade, saúde, prosperidade! Te amamos!”, disse o casal revelação da MPB, Kika Malk e Renan Rodrix.
Maria Gadú: ‘Caetano é tão múltiplo’
A cantora, compositora e instrumentista Maria Gadú, que gravou um álbum ao lado e Caetano Veloso em 2011, também falou, ao Versos e Prosas, com muito carinho sobre o artista baiano. Para ela, Caetano colaborou e colabora para diversos aspectos da cultura e da política nacional:
“80 anos de contribuição incrível para a cultura, para a política, para o cinema, para o pensamento cívico! Caetano é tão múltiplo! Nos ensina, em suas letras, em sua forma de raciocinar, em sua generosidade de dividir com a gente, tudo que aprendeu, tudo que continua aprendendo. Me recebeu, com muita generosidade, em sua casa, em sua vida, em sua arte! Eu tive o privilégio de excursionar com ele, por um tempo, apenas com nossos violões, foi muito precioso! Eu acho que só vou conseguir concretizar que isso tudo aconteceu daqui a alguns anos! Caetano, para mim, é imenso!”, destacou a artista paulistana.
Leo Jaime: ‘completamente brasileiro, e absolutamente internacional’
O cantor, compositor, ator, escritor e jornalista Leo Jaime também ressaltou as virtudes do artista baiano, que completa seu octogenário neste domingo, dia 7 de agosto de 2022. De acordo com Jaime, Caetano é um pensador agudo e original:
“Caetano Veloso vem derramando poesia no solo brasileiro, sedimentando novas gerações, reflexões interessantes sobre o futuro, com a compreensão muito interessante do nosso passado, não só na música, como na cultura brasileira, de uma forma geral. É um pensador agudo, interessante, original, é muito bom conviver com ele, fazer parte do tempo dele!”, comemora Leo Jaime, que conclui seu raciocínio, com uma espécie de resumo da vida e da obra de Caetano:
“Da Bahia para o mundo, completamente brasileiro, e absolutamente internacional!”.
Badi Assad: ‘já faz parte da coluna vertebral da nossa música’
O depoimento mais espontâneo dos cantores e compositores que homenagearam um dos maiores nomes da nossa música brasileira, sem dúvidas, foi o da cantora, compositora, violonista e percussionista paulista Badi Assad. Após elogiar Caetano por sua brilhante carreira, ela decidiu parabenizá-lo, de uma maneira, digamos, bastante inusitada, em nosso canal do YouTube!
“Caetano! Você está presente aqui, na minha cabeça, na pele, no coração, na alma, desde sempre! A tua música me acompanhou a vida toda! A tua importância para o Brasil é tão profunda, que você já faz parte da coluna vertebral da nossa música, da nossa cultura de mais alto nível, de excelência, beleza, missão!”, ressaltou a artista.
Delia Fischer: ‘minha maior influência de canção’
A cantora, compositora, pianista e arranjadora carioca Delia Fischer também prestou sua reverência aos 80 anos de Caetano Veloso.
A pianista começa cantando Meu Tempo, uma composição própria, para citar Oração ao Tempo, de Caetano, e contar uma história para nós, do Versos e Prosas:
“Você foi a minha maior influência de canção, não tenha dúvida! Por décadas, eu achei que nem poderia me atrever a fazer isso, devido à sua enorme maestria! Então, esta música, Meu Tempo, eu tenho uma historinha para contar sobre ela. Louca, apaixonada por Oração ao Tempo, uma música maravilhosa, em compus essa música, maravilhosa, chamada Meu Tempo, só que, na época, ela não chamava Meu Tempo. E na época em que eu fui fazer o álbum Tempo Mínimo (2019), essa música estava no lixo do meu computador. Ano se passaram e eu falei: ‘Poxa, eu acho que queria rever essa canção, vamos ver se ela tem algum valor’. Eu achava que eu não poderia, nunca, em nenhum momento da minha vida, falar de uma música do tempo, depois do Caetano! E aí, eu ouvi a música e falei: ‘Vou fazer o seguinte: vou chamar essa música de Meu Tempo. E aí, acabou! O Caetano tem a Oração ao Tempo e eu tenho o Meu Tempo, de forma que eu tenho o meu direito a falar dessa questão também, do meu jeitinho’. E assim, nasceu Meu Tempo”, relata Delia Fischer, em reverência a um dos clássicos de Caetano Veloso.
Leoni: ‘ocupa tantos espaços na cultura brasileira’
O cantor, compositor e escritor carioca Leoni comemora a oportunidade de estar vivo, ao mesmo tempo que Caetano, e valoriza o fato de que pode sempre aprender com ele, com as inovações dele:
“Difícil falar sobre uma pessoa que ocupa tantos espaços na cultura brasileira. 80 anos, pelo menos há 60, ele deve ser um norte, ou um Nordeste, para os artistas brasileiros! Eu fico muito feliz de estar vivo, enquanto ele está vivo, e poder ir aprendendo, enquanto ele faz! Para mim, ele é uma referência, inclusive, de como lidar com a cultura! Não tem fronteira para Caetano, entre alta cultura, baixa cultura, música popular, música erudita, música brasileira, instrumentos que são adequados ou não. Ele vai experimentando com todas as possibilidades de linguagem!”, destaca Leoni.
Marcelo Costa: ‘não seríamos os mesmos sem Caetano’
O percussionista e baterista Marcelo Costa, que já tocou com grandes nomes da MPB, tais como Chico Buarque, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Marisa Monte, além do próprio Caetano Veloso, também reverenciou o artista baiano:
“Mensurar a importância do Caetano para a música brasileira, e para o Brasil, é impossível! Uma coisa eu sei: nós não seríamos os mesmos, se não existisse Caetano Veloso!”, destaca Marcelo.
Vinícius Cantuária: ‘o que mudou? Para Caetano, nada’
O cantor, compositor e multi-instrumentista Vinícius Cantuária, que trabalhou com Caetano Veloso, além de Tomás Improta, Perinho Santana e Arnaldo Brandão, n’A Outra Banda da Terra, entre 1978 e 1983, também prestou sua homenagem ao artista baiano. Além de falar com muito carinho, Cantuária se recordou de um fato marcante na vida de ambos e que retrata bem como, já há 40 anos, Caetano era bastante querido e admirado Brasil afora:
“Quero dizer que tive a honra e o prazer, porque durante muitos anos eu trabalhei com Caetano Veloso, como participante d’A Outra Banda da Terra, nós gravamos inúmeros discos, CDs, fizemos concertos pelo Brasil e pelo mundo! Quero contar uma das passagens mais significativas desse trabalho. Estávamos nós,, em uma turnê pelo Nordeste do Brasil, e chegou a noite do show em Recife. Quando a gente entra no palco, para iniciar o show, as luzes se apagam, e as 15 mil pessoas que estavam no ginásio cantam: Parabéns para você! Caetano fazia 40 anos, naquele dia! 40 anos depois, Caetano Veloso, o que mudou? Nada! Para Caetano, nada! Continua a mesma pessoa, o mesmo artista incrível, músico, letrista. Aliás, Caetano? Outras palavras, sempre outras palavras!”, relata Vinícius Cantuária.
Ricardo Bacelar: ‘compositor maravilhoso, letrista fino’
O compositor, arranjador, pianista, produtor e, mais recentemente, intérprete, Ricardo Bacelar falou, com o Versos e Prosas, com muito carinho de Caetano Veloso. Ele fez questão de ressaltar a posição de Caetano, quanto às liberdades:
“Comemorar os 80 anos de Caetano, para todos nós, é uma alegria! Compositor maravilhoso, letrista fino! É um artista brasileiro que sempre teve uma posição firme em favor das liberdades, e sempre agiu com resistência ao status quo, isso é muito importante!”.
Na sequência, Bacelar citou a gravação de Totalmente Demais, por Caetano, em 1986, e que foi muito importante para a sua vida e dos integrantes da banda Hanoi Hanoi, a qual ele fez parte, juntamente com Arnaldo Brandão.
Arnaldo Brandão: ‘Caetano é um ser luminoso’
Arnaldo Brandão, cantor, compositor e baixista carioca, e que foi companheiro de Caetano n’A Outra Banda da Terra, ao lado de Vinícius Cantuária, além de ter sido reconhecido como vocalista da banda Hanoi Hanoi, fundada por ele em 1985, também deu seu depoimento sobre o artista baiano, que chega aos 80 anos neste domingo (7). Brandão ressaltou a importância de Caetano para a música brasileira:
“Caetano Veloso é um poderoso demiorgo, um artífice de um movimento que, com sua prosa, poesia e musicalidade, derrubou os muros da caretice comportamental e musical, que dividiam o Brasil nos anos 60. Caetano é um ser luminoso, um fogo que ilumina o lado bom do Brasil, lado esse que anda muito embaçado pela burrice contemporânea”, opinou.
Maria Rita Stumpf: ‘grande mestre da Música Popular Brasileira’
A cantora e compositora gaúcha, radicada em São Paulo, Maria Rita Stumpf, também exaltou as qualidades artísticas de Caetano Veloso e o chamou de mestre da MPB:
“Esse grande mestre da Música Popular Brasileira teve uma grande influência naquilo que a gente conhece hoje por Música Popular Brasileira, ao lado de outros grandes da época, de Caetano, e que seguem até hoje em atividade. Eu destacaria o álbum Estrangeiro, de 1989, que foi um dos trabalhos do Caetano que mais me tocaram, entre inúmeros outros, mas esse é o que me vem ao coração, assim com mais facilidade!”, disse a cantora gaúcha.
Ela ainda contou que, durante uma turnê em Bogotá, Caetano foi aplaudido, ao lado dela, por cerca de dez minutos, antes de começar a cantar, demonstrando, mais uma vez, todo o respeito e carinho do público, e não apenas o brasileiro.
Roberta Spindel: ‘fazer simples, algo complexo na essência’
A cantora e compositora carioca Roberta Spindel, que chegou a integrar a banda do Popstar, da TV Globo, também prestou sua reverência a Caetano. Ela, que contou com a participação marcante do baiano em seu primeiro álbum, na faixa Como Dois e Dois (2011), fez questão de agradecê-lo por esta participação, além de exaltar suas qualidades como músico:
“Caetano foi sempre uma grande referência para mim, na minha vida, na música, na minha construção como artista, tanto melodicamente, quanto no teor das canções e das letras dele. Isso sempre fez muita diferença, para mim, a forma como ele conseguiu transitar entre o popular, entre trazer uma coisa simples e, ao mesmo tempo, extremamente complexa nos sentidos! Eu acho que o grande mérito de um artista é você conseguir fazer simples, algo que é complexo na essência! Ele continua me ajudando a me construir como pessoa e como artista!”, destacou Roberta Spindel.
Tuca Oliveira: ‘um país que tem Caetano, tem tudo para dar certo’
Tuca Oliveira, cantor e compositor mineiro, do Sul do estado, é bastante engajado com a MPB. O artista atinge números expressivos, em suas redes sociais e nas plataformas de streaming, com suas canções. De acordo com o artista mineiro, um país que tem Caetano tem tudo para dar certo:
“Falar sobre Caetano Veloso é muito especial, principalmente nesse momento que ele completa 80 anos de vida! É uma vida que a gente celebra e que nos dá muito orgulho de ser brasileiro! Acho que um país que tem artistas, como é o Caetano, é um país que tem tudo para dar certo! Não somente como compositor, como cantor, como músico, o Caetano é uma grande referência nesse aspecto, mas também enquanto artista, que se posiciona acerca de temas tão importantes, de temas tão relevantes!”, ressalta.
Beto Ehong: ‘Falar de Caetano é tão fácil, e tão difícil’
O cantor, compositor e produtor maranhense Beto Ehong reverenciou, bem ao seu estilo, os 80 anos de Caetano Veloso. Para isso, ele se valeu de várias canções marcantes da trajetória de Caetano:
“Falar de Caetano é tão fácil, e tão difícil, é algo próprio da natureza dele mesmo, artística, do sim, do não, talvez. Um artista com uma obra fenomenal, que falou e fez de tudo, e conduziu a nova música brasileira, conhecido no mundo todo. Caetano da Tigresa, de Sampa, de todos os Santos, que é ateu, e viu milagres como eu!”, disse Beto Ehong, em um depoimento para lá de referências, e que você confere, na íntegra, em nosso canal do YouTube.
Daniel Gonzaga: ‘matriz da música brasileira’
O cantor e compositor Daniel Gonzaga, filho de Gonzaguinha e de Ângela Porto Carreiro, e neto de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, falou da importância da obra de Caetano, inclusive em sua vida como músico. Segundo ele, apesar de filho de grandes compositores, foi através de Caetano que ele passou a enxergar a música brasileira:
“Caetano é uma matriz da música brasileira, é um caminho a ser seguido, é uma fonte de criatividade, de modernidade, de clássico, os dois associados. Eu comecei a ouvir música, MPB, a trilhar esse caminho, a tocar violão, por conta do violão de Caetano e do João Gilberto. Aprendi os acordes, todos, através de Caetano! Passei a ver a música brasileira, apesar de ser filho de grandes compositores, através dos olhos de Caetano! Sou muito grato, por ter Caetano no meu cérebro, me dizendo a todo momento que a gente tem que ousar, que a gente tem que mudar, que a gente tem que se reinventar!”, destacou Daniel Gonzaga.
Anna Ratto: ‘artista genial, completo’
Anna Ratto, cantora e compositora carioca, também prestou sua homenagem a Caetano, no dia de seus 80 anos. Segundo ela, Caetano é um artista genial:
“É um artista genial, completo, pensador que é, personalidade que é, sempre muito atuante, sempre militante, de todas as causas: políticas, sociais, humanas, enfim. Caetano é aula!”, define Anna Ratto.
Da Ghama: ‘grande mestre da poesia, da harmonia’
O cantor, compositor e guitarrista Da Ghama, um dos fundadores do Cidade Negra, falou, com o Versos e Prosas, sobre a importância de Caetano para a música brasileira. Ele aproveitou para agradecê-lo por ser um dos primeiros a abrir espaço para o reggae no Brasil:
“Grande mestre da poesia, da harmonia, da melodia, do sorriso, da inteligência, que é Caetano Veloso! Tenho orgulho de ser leonino como esse grande mestre! Quero aproveitar para agradecer Caetano por ser um dos primeiros artistas a gravarem o reggae no Brasil, na mesma época do Jards Macalé, nos anos 60, e isso para a gente que é do reggae, é muito importante saber dessa história!”, ressalta Da Ghama.
Fi Bueno: ‘cantor primoroso’
O cantor e compositor paulistano Fi Bueno também falou da importância de Caetano para a música brasileira e para a sua carreira:
“Caetano se transformou em um cantor primoroso, na minha opinião. No Fina Estampa (1994), ele alcançou um estilo de canto altíssimo, uma técnica vocal muito depurada, um timbre maravilhoso, mas um jeito de cantar muito João Gilbertiano. Isso é uma coisa que eu aprendo muito, que tem muita influência no meu trabalho. Caetano é, para mim, um dos especiais da música brasileira: ele, Gilberto Gil, Tom Jobim”, elenca Fi Bueno.
Jana Linhares: ‘tão fundamental para todos nós’
A cantora e compositora carioca Jana Linhares também elogiou Caetano Veloso, ao falar de seus 80 anos, completados neste dia 7 de agosto de 2022:
“Ele tem uma obra tão importante, tão fundamental para todos nós! E, para mim, ele tem uma das melodias mais lindas da música brasileira, que é o Desde que Samba é Samba. Estar viva na mesma época de Caetano, celebrar 80 anos de Caetano Veloso é uma grande honra, é uma grande alegria!”, comemora a artista.
Pedro Cini: Existe a música brasileira antes e depois de Caetano’
O jovem cantor e compositor curitibano Pedro Cini também reverenciou Caetano Veloso por seus 80 anos. Para Cini, Caetano é um marco em nossa música:
“Existe a música brasileira antes e depois de Caetano Veloso! Caetano, junto com Gil, Gal e Bethânia, Chico (Buarque), muita gente, revolucionou a música brasileira! E, para mim, ele os Doces Bárbaros, em si, são uma das grandes razões pelas quais eu escolhi a música, como minha profissão! E o Caetano é uma das melhores referências, é um dos maiores artistas do mundo, do Brasil! Eu acho que ele é uma referência para todos nós, artistas brasileiros!”, ressalta Pedro Cini.
Paula Santoro: ‘grande gênio da nossa música’
A cantora e compositora Paula Santoro falou, ao Versos e Prosas, sobre a importância de Caetano Veloso para a Música Popular Brasileira:
“Caetano Veloso é um dos grandes gênios da nossa música, a música que ele tem uma cor muito variada, vários tipos de ritmos, de estilos! Eu acho que o Caetano está sempre conectado com o novo, sempre tentando estar a frente do seu tempo!”, destaca.
Gabriel Sá: ‘alicerça uma base muito sólida na MPB’
O cantor e compositor pernambucano Gabriel Sá, que recentemente lançou o single Salve O pantanal, em um grito pela preservação ambiental, também deu seu depoimento sobre os 80 anos de Caetano Veloso e o legado que ele deixa para a música brasileira:
“Caetano Veloso alicerça uma base muito sólida, muito rica, na Música Popular Brasileira. Ele, junto com Gilberto Gil, a própria irmã, que é uma grande intérprete, Maria Bethânia. Então, é de fundamental importância para a história da Música Popular Brasileira!”.
Para fechar, Gabriel Sá diz o que todos nós queríamos dizer para Caetano, hoje, amanhã e sempre: “Eu só posso tirar o meu chapéu para o trabalho, para a arte desse grande artista, grande cantor, grande compositor, chamado Caetano Veloso!”.