O álbum Litoral, do cantor e compositor paulistano Fi Bueno, já está disponível em todos os tocadores de áudio digitais, desde esta sexta-feira (3).
O disco traz dez canções, sendo cinco delas composições próprias, e as outras cinco, releituras de grandes clássicos da nossa música brasileira. A produção é de Guto Graça Mello.
O cantor paulistano fez a releitura de clássicos de artistas como Geraldo Azevedo, Tom Jobim e Lô Borges.
Acompanhe, com o Versos e Prosas, os detalhes do álbum Litoral, do cantor e compositor paulistano Fi Bueno.
A trajetória de Fi Bueno
O paulistano Fi Bueno começou sua carreira musical muito jovem, tocando piano aos seis anos, passou para o violão aos doze, idade em que se apaixonou pela poesia. Foi a paixão pela escrita que o levou ao bacharelado em Letras na USP, sempre pensando em aprimorar seu conhecimento como suporte para sua música/ letra.
Fi Bueno estudou música, por mais de dez anos, com o grande baixista e professor Luís Cavalcanti. Com quinze anos, quando ainda não cantava profissionalmente, mas já era multi-instrumentista e dançarino de forró, ganhou maratonas no estilo dançando no KVA, onde também foi professor de dança.
Como guitarrista, acompanhou a cantora Vanessa Jackson, o cantor Bilé, fez a turnê de Rey Verçosa em Punta Del Leste. Suas primeiras composições gravadas entraram no disco de Rey Verçosa, uma delas ( Samba da Nega) com parceria da cantora Janaina, da banda Bicho De Pé. Integrou as bandas Forrozeando e Bagana como violonista e pandeirista.
Chegou a tocar violão com o Falamansa em Itaúnas, terra do forró.
Álbum Litoral transita entre o forró e a MPB
O álbum Litoral, que está disponível em todos os players desde esta sexta-feira (3), traduz a trajetória de Fi Bueno e sua forte influência da MPB e do forró, reunindo canções autorais e clássicos da música brasileira.
Litoral, canção escolhida para dar nome ao álbum, expressa a forte ligação de Fi com a natureza, que é a essência e origem de seu trabalho artístico. “Eu sempre digo que meu trabalho espiritual, que não tem religião alguma a não ser uma busca profunda de autoconhecimento e de contato com a natureza, é o alicerce do meu trabalho artístico. Esta é minha origem, minha verdade. E na canção ‘Litoral’ eu consegui trazer essa mensagem, expressar o que eu sinto”, revela Fi Bueno.
A inédita Litoral é um samba-bossa que também expõe a maneira de compor do artista, no toque de seu violão na gravação. “Embora tenha uma harmonia elaborada e uns dribles de melodia, ‘Litoral’ veio de forma muito espontânea, e conta muito da minha trajetória de sair de São Paulo e ir pro litoral em busca da natureza, da Mata Atlântica. A gravação tem um lindo e delicado arranjo de cordas do Guto Graça Mello e foi feita com minha banda, que tem Robinho Tavares no baixo e bateria, e Marcelo Maita nos teclados”, conta Fi.
Fi Bueno reverencia Geraldo Azevedo, Tom Jobim e Lô Borges
O álbum Litoral abre com É preciso perdoar, clássico da bossa-nova de grande sucesso na voz de João Gilberto, seguida por Segunda-Feira no Mar, autoral em clima de verão já lançada como single e que apresentou ao público esse caminho do paulistano Fi Bueno em direção ao litoral, em busca do contato com a natureza.
Entre as releituras, o álbum ainda revela Quem sabe isso quer dizer amor, canção de Lô Borges e Marcio Borges, além das já lançadas no formato single: Passarim, que tem como base o arranjo original do maestro Tom Jobim, sua maior influência musical; Alegre Menina, parceria de Dori Caymmi e Jorge Amado, sucesso na voz de Djavan que também conquista as rádios nacionais na voz de Fi Bueno; assim como Dona da Minha Cabeça, de Geraldo Azevedo em parceria com Fausto Nilo.
“Geraldo Azevedo é uma das minhas grandes referências no jeito de tocar violão e compor, e no jeito de cantar apaixonado. ‘Dona da Minha Cabeça’ é uma canção mpb-forró que sempre cantei e dancei”, comenta Fi.
“Litoral” traz dez canções, sendo cinco releituras e cinco composições de Fi Bueno. A inédita Espiritual fecha o novo álbum, que ainda inclui os singles autorais já lançados, A Mais Bonita e Sabe Lá.
A parceria Fi Bueno e Guto Graça Mello
Com direção musical de Guto Graça Mello, o álbum Litoral revela os primeiros trabalhos do legendário produtor com o artista. “Guto me conheceu num momento de amadurecimento musical e abriu novos horizontes, me colocou em contato com minha essência de cantor. Nesse novo trabalho canto não apenas como compositor mas também como intérprete, a pedido dele. Guto fez nascer um cantor em mim que eu pressentia mas não acessava”, recorda Fi.
Litoral chega na sequência do álbum Identidades, lançado em parceria com Anastácia – a rainha do forró, em outubro de 2021, que também contou com Guto na direção musical e apresentou inéditas parcerias com Céu, Dominguinhos e João do Vale, e as participações especiais de Zeca Baleiro e Gilberto Gil.
Álbum Litoral e suas dez faixas
- É preciso perdoar (Carlos Coqueijo / Alcyvando Luz)
- Segunda-feira no mar (Fi Bueno)
- Dona da minha cabeça (Geraldo Azevedo / Fausto Nilo)
- Litoral (Fi Bueno)
- A mais bonita (Fi Bueno)
- Alegre menina (Dori Caymmi / Jorge Amado)
- Quem sabe isso quer dizer amor (Lô Borges / Marcio Borges)
- Sabe lá (Fi Bueno)
- Passarim (Tom Jobim)
- Espiritual (Fi Bueno)
Ficha técnica:
Fi Bueno: voz, violão e ukelele
Marcelo Maita: teclado rhodes e sintetizadores
Robinho Tavares: baixo e bateria
Guto Graça Mello: metais, cordas e efeitos midi
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Tadeu Santiago: sanfona, Mariana Féo: vocais (A Mais Bonita)
Direção Musical: Guto Graça Mello
Mixagem: Guto Graça Mello e Gustavo Modesto
Masterização: Ricardo Garcia (Magic Master)
Para conferir, faixa a faixa, do álbum “Litoral”, de Fi Bueno, acesse sua plataforma de áudio predileta.
Formado em jornalismo pela PUC Minas, em 2009, Alison Pitangueira trabalhou por mais de seis anos no portal “O Tempo”. Atualmente, é freelancer na Etus Media, site de economia e finanças. Além disso, trabalha para o site Versos e Prosas, que fala da boa Música Popular Brasileira, bem como de seus intérpretes e compositores.