Pixinguinha – Um Homem Carinhoso conta a história do Pai da MPB
O filme Pixinguinha – Um Homem Carinhoso, que estreia nos cinemas neste mês de novembro, celebra a vida e a obra do compositor que é considerado um verdadeiro gênio e o Pai da Música Popular Brasileira (MPB), Alfredo da Rocha Vianna Filho, mais conhecido como Pixinguinha. Na fase jovem, quem dá vida ao artista é Danilo Ferreira. Por sua vez, Seu Jorge é quem interpreta o músico na fase adulta. O artista faz par romântico com a personagem vivida por Taís Araujo.
A trama retrata as antológicas performances do músico no início de sua carreira aos 14 anos, a temporada de 6 meses em Paris em 1922 com o grupo musical “Oito Batutas” e ainda mostra as inspirações do ambiente familiar e dos amigos e músicos contemporâneos para a composição de suas obras-primas, tais como Carinhoso (que completou 100 anos em 2017/18).
O filme mostra o casamento do músico com Albertina Nunes Pereira, a Betí para Pixinguinha, personagem interpretada por Taís Araujo, e os problemas de sua vida pessoal, como o alcoolismo e a dificuldade de ter filhos.
A trama também revela que o caminho de Pixinguinha nem sempre foi de prestígio e reconhecimento, e culmina na morte do artista, em pleno sábado de Carnaval de 1973, dentro da Igreja Nossa Senhora da Paz, no Rio de Janeiro, tornando-se um importante símbolo do Carnaval carioca, lembrado todos os anos pela Banda de Ipanema. Confira mais detalhes de sua carreira conosco.
Além do brilhantismo musical, Pixinguinha (Rio de Janeiro, 23 de abril de 1897 — Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1973) sempre despertou admiração pela afetividade e bom humor que emanava. Para interpretá-lo, o ator, cantor, compositor e multi-instrumentista Seu Jorge foi o nome escolhido. Taís Araujo, Danilo Ferreira (que o interpretou em sua fase jovem), Agatha Moreira, Tuca Andrada, Klebber Toledo e Milton Gonçalves completam o elenco.
Dirigido por Denise Saraceni, ex-diretora de núcleo da TV Globo, e que está à frente de seu primeiro longa-metragem, e Allan Fiterman, o filme tem roteiro de Manuela Dias.
“Em muitos momentos minhas únicas inspirações eram as músicas de Pixinguinha e o talento de tantos atores e músicos magistrais envolvidos neste projeto”, revela a diretora Denise Saraceni, que completa.
“Decidimos falar de um homem negro, artista, humanamente grandioso e nascido poucos anos após a abolição da escravatura. Ainda hoje vivemos num país racista, talvez por isso tenha sido tão difícil conseguir apoio para contar esta história”, conta a diretora.
Denise já dirigiu novelas como A Lei do Amor, Geração Brasil e Cheias de Charme. Por sua vez, Manuela Dias é autora das séries Justiça e Ligações Perigosas (obra em que trabalhou ao lado de Denise) e também do recente sucesso “Amor de Mãe”. Allan Fiterman é o diretor de “Quanto Mais Vida, Melhor!”, próxima novela das Sete, que será exibida pela Rede Globo.
Pixinguinha – Um Homem Carinhoso, que foi produzido por Carlos Moletta, que também assina a curadoria musical, conta com uma trilha sonora de 44 músicas, desenvolvida a partir da mixagem de fonogramas originais com instrumentos adicionais, dando origem a versões modernas de clássicos como Carinhoso, Rosa, Urubu Malandro e Taí, sucesso gravado por Carmen Miranda, quando ela tinha apenas 20 anos. O maestro Cristóvão Bastos assina os arranjos e a direção musical do filme.
“Me emociona muito ver o filme finalizado, não apenas pela sensação de trabalho concluído após tanto esforço, mas também por me impressionar com as potências sonoras e narrativas deste projeto. Lançar um filme como este, agora, em um momento tão difícil para as artes, é uma ousadia”, afirma o produtor Carlos Moletta, que idealizou e deu início ao projeto há dez anos.
“Pixinguinha – Um Homem Carinhoso” é produzido pela Ipê Artes e coproduzido pela Globo Filmes, Globoplay, Telecine, Canal Brasil e RioFilme, com distribuição da Downtown Filmes. O filme estreia exclusivamente nos cinemas brasileiros no dia 11 de novembro, uma quinta-feira.
Assista ao trailer do filme no player abaixo.