Açude Negro une Clayton Barros e Chico César para falar do sertão
Açude Negro, novo single de Clayton Barros, vocalista e violonista do Cordel do Fogo Encantado, chega aos players de áudio, dando sequência à carreira solo do artista pernambucano.
Em Açude Negro, que está disponível desde sexta-feira (24), Clayton está muito bem acompanhado do cantor e compositor Chico César que, aliás, divide a autoria da canção em parceria com ele.
Açude Negro fala do sertão nordestino, baseado especialmente nas terras de nascimento dos artistas, no Pernambuco e na Paraíba, respectivamente.
Saiba tudo sobre Açude Negro, parceria entre Clayton Barros e Chico César, na sequência, com o Versos e Prosas.
A trajetória de Clayton Barros
Clayton Barros nasceu em Arcoverde, no sertão do Pernambuco. Clayton é violonista e vocalista da banda Cordel do Fogo Encantado. É também o compositor de muitas músicas da banda, em parceria com o cantor Lirinha.
Em 2010, anunciou o fim da banda, e o lançamento de um CD com músicas infanto-juvenis. Em 2018, a banda retornou, para encantar o seu público fiel e atingir o coração das diversas gerações que admiram suas melodias, poesias e talentos natos de um artista completo e encantador.
Em 2021, Clayton Barros decidiu se lançar também em carreira solo, em paralelo ao grupo, com a edição do EP Miscigenação ao vivo e do single em que abordou Assum preto (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1950).
A carreira de Chico César
Francisco César Gonçalves, o Chico César, nasceu em Catolé do Rocha, na Paraíba, no dia 26 de janeiro de 1964. Chico César é cantor, compositor, escritor e jornalista.
aos dezesseis anos, Chico mudou-se para João Pessoa, capital paraibana. Formou-se em jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba. Na época da universidade, entrou para o grupo Jaguaribe Carne, onde fazia poesia de vanguarda.
Pouco depois, aos 21 anos, o artista decidiu ir para São Paulo. Trabalhando como jornalista e revisor de textos da Editora Abril, treinou violão.
Em 1991, foi convidado para fazer uma turnê pela Alemanha, e o sucesso o animou a deixar o jornalismo para dedicar-se somente à música. Formou a banda Cuscuz Clã e passou a apresentar-se na casa noturna paulistana Blen Blen Club.
Em 1995, Chico César lançou seu primeiro disco Aos Vivos e seu primeiro livro Cantáteis, cantos elegíacos de amizade (ed. Garamond).
Tornou-se nacional e internacionalmente conhecido em 1996 pela canção “Mama África”. O videoclipe da música ganhou o prêmio de “Melhor Videoclipe de MPB” no MTV Video Music Brasil (VMB) de 1997 e é considerado um dos marcos da MTV Brasil.
Em 2007 participou do filme Paraíba, Meu Amor, do cineasta suíço Jean Robert-Charrue, cuja música tema é de sua autoria.
Recentemente, o artista paraibano liberou dois de seus álbuns físicos para o streaming: Cantos e Encontros De Uns Tempos Pra Cá e Aos Vivos Agora. Confira mais detalhes.
Açude Negro e a parceria entre Clayton Barros e Chico César
Açude Negro, novo single que traz a parceria entre Clayton Barros, vocalista e violonista do Cordel do Fogo Encantado, com o cantor e compositor paraibano Chico César, já está disponível, desde sexta-feira (24), em todas as plataformas de áudio digitais.
Após lançar sua carreira solo este ano, com a edição do EP Miscigenação ao vivo e do single em que abordou Assum preto (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1950), Clayton Barros dá sequência ao trabalho com o single Açude Negro.
“Eu tinha uma base com letra e uma melodia em mente, daí nesses tempos de reclusão, procurando tecer parcerias, entrei em contato com Chico César, que topou. Ele me devolveu uma música linda com uma reformulação incrível, incluindo um novo título”, comentou Clayton.
A homenagem ao sertão nordestino
Chico César conta como foi sua parte no processo de criação de Açude Negro. “Já tinha tido a oportunidade de colaborar com Clayton Barros numa gravação com o Cordel do Fogo Encantado tempos atrás. Sou admirador de seu violão, que é pura psicodelia nordestina. Gosto dos tons escuros de sua música e de sua voz, um nordeste nem sempre solar. Por isso não foi difícil escrever a letra de ‘Açude Negro’, que chegou a mim como ‘Lago Negro’”, explica Chico, que decidiu alterar o nome da canção.
“Me remeti à nosso universo sertanejo, Arcoverde (PE) e Catolé do Rocha (PB), à infância e a adolescência de mergulhos literais e psicanalíticos, às águas escuras e misteriosas do desconhecido a nos revelar e desafiar através do outro e das paixões e pulsões que nos provocam”, completa o cantor paraibano. Confira outros lançamentos conosco.
Açude Negro e os retoques finais
Quando Clayton recebeu a música com a voz gravada e já com as alterações sugeridas por Chico César, passou a trabalhar com a nova versão ainda no formato voz e violão, mas sentiu falta de algo mais. “Decidimos fazer um teste adicionando cordas. Falei com o maestro Emanuel Barros, que estava em João Pessoa (PB), e ele fez o arranjo. Aí chamamos um quarteto de jovens músicos daqui de Recife (PE), formado por Gabriel Francisco da Silva (viola), Samuel Oliveira de Amorim (violino), Silverson Henrique de Sousa Silva (violino) e Gabriel David Silva dos Santos Marques (violoncelo). Realmente era o que faltava na canção”, declarou Clayton Barros.
Açude Negro (Clayton Barros e Chico César) foi produzida por Rodrigo Coelho. A mixagem ficou a cargo de Léo D e a masterização foi realizada em Miami, nos Estados Unidos, por Felipe Tichauer. A arte da capa é uma ilustração de Elvira Paes.
O single é distribuído pelo selo Estelita.
Para curtir “Açude Negro”, parceria na composição e interpretação entre Clayton Barros e Chico César, é só acessar seu serviço de streaming.