Elza Soares deixa DVD e álbum que estava sendo gravado
“Eu quero cantar até o fim, me deixem cantar até o fim…”. Elza Soares seguiu à risca os versos da música Mulher do Fim do Mundo, gravada por ela em 2015.
A cantora morreu nesta quinta (20), de causas naturais aos 91 anos, mas gravou um DVD no Theatro Municipal de São Paulo na segunda (17) e e na terça (18).
O percussionista Mestre da Lua compartilhou uma imagem do camarim do show, que foi gravado sem que o público ou a imprensa soubessem.
“Estivemos com ela até o fim, do jeito que ela queria: cantar até o fim”, afirmou Dalua ao portal g1.
O músico vinha tocando com Elza desde o lançamento, justamente, de “Mulher do Fim do Mundo”, álbum de 2015. Confira outras notícias conosco.
Além do DVD, Elza Soares estava trabalhando em um novo álbum, mas não há muitas informações sobre a produção, nem sobre sua data de lançamento.
Durante a pandemia da Covid-19, a cantora participou de diversas lives com o rapper Flávio Renegado. Eles lançaram juntos “Negão Negra” em julho de 2020, quando Elza completou 90 anos.
Empresário de Elza disse que ela sentia que ia morrer
Um dia que começou como outro qualquer. É assim que Pedro Loureiro, empresário de Elza Soares, descreve os últimos momentos da cantora. “Ela estava bem, gravou o DVD no dia 17 e 18 de janeiro. Acordou hoje e fez fisioterapia. Tudo normal. A gente até percebeu um leve cansaço nela, uma respiração mais ofegante, mas achamos que foi por causa da fisio”, lembra Pedro, ao g1.
Ele conta ainda que depois desse momento, Elza pediu para descansar e começou a apresentar a fala um pouco embolada. O fato chamou atenção de Pedro e de outros familiares que estavam com ela. Mas Elza brigou com eles garantindo que estava bem.
“Um tempo depois, a cantora dirigiu-se aos familiares e disse: ‘Eu acho que eu vou morrer’”, afirmou o empresário.
A declaração acendeu o alerta, e os familiares foram checar sua pressão e oxigenação, e notaram uma pequena alteração.
Pedro e os familiares da cantora chamaram o médico de Elza, que enviou uma ambulância para o local por precaução, mas 40 minutos depois, Elza foi mudando o semblante, até que apagou.
“Foi uma morte tranquila, sem traumas, sem motivo. Morreu de causas naturais. Esse, aliás, era um grande medo dela: ter uma morte sofrida, por doença. Hoje, ela simplesmente desligou”, conta Pedro Loureiro.