Não Vou Pedir Licença une Lia Sophia e Zélia Duncan em prol da diversidade
Não Vou Pedir Licença, novo single da cantora e compositora Lia Sophia, já está disponível, desde esta sexta-feira (10), em todas as plataformas de streaming. A artista convidou a também cantora e compositora Zélia Duncan para fazer um dueto com ela.
Além do single, também foi gravado o videoclipe de Não Vou Pedir Licença.
Não Vou Pedir Licença foi composta por Lia Sophia para o longa Assim Como o Ar, Sempre nos Levantaremos, da diretora pernambucana Clara Angélica, que dá visibilidade a mulheres lésbicas, bissexuais, trans e travestis, previsto para estrear em outubro.
Confira todos os detalhes de Não Vou Pedir Licença, de Lia Sophia, com a participação de Zélia Duncan, a seguir, com o Versos e Prosas.
A trajetória de Lia Sophia
Lia Sophia Ferreira de Oliveira nasceu em Caiena, na Guiana Francesa, no dia 24 de maio de 1978. Morou no departamento francês até os dois anos de idade, quando mudou-se para Macapá, no Amapá. Como descende de uma família de músicos, desde pequena está envolta neste universo, cantando em corais e igrejas.
Viveu no Amapá até os 17 anos, mudando-se para Belém no Pará para cursar Psicologia. Foi a partir de então que começou a cantar nas casas noturnas da cidade, interpretando nomes das músicas regional e nacional.
Cantora, compositora e instrumentista, Lia Sophia mistura ritmos da Amazônia, como o Carimbó e a Guitarrada, com batidas internacionais como o zouk, para criar uma música tropical e dançante.
Com quatro discos lançados, Livre (2005), Castelo de Luz (2009), Amor Amor (2010) e Lia Sophia (2014), um EP – Salto Mortal (2011) e um Single – Sempre Te Esperei (2015), a artista emplacou várias músicas em trilhas de TV, com destaque para Ai Menina, trilha sonora da novela Amor Eterno Amor da Rede Globo, música que tornou-se sucesso em todo o Brasil. Além de Lero Lero, Quando eu Te Conheci, Amor de Promoção e Um Beijo, que também embalaram a trilha sonora da série global A Grande Família.
A carreira de Zélia Duncan
Zélia Cristina Duncan Gonçalves Moreira (Niterói, 28 de outubro de 1964), conhecida pelo nome artístico de Zélia Duncan, é atriz, cantora e compositora.
Com apenas 16 anos, em 1981, Zélia enviou uma fita para a Sala Funarte de Brasília, que na época realizava concursos. Foi selecionada em primeiro lugar e apresentou lá o seu primeiro show.
briu com a canção Fazenda de Milton Nascimento e após a apresentação bem sucedida, várias portas se abriram para ela: abriu um show de Luis Melodia, no Teatro Nacional de Brasília, começou a se apresentar constantemente e ainda foi selecionada para representar Brasília no projeto Pixinguinha, viajando por sete cidades.
Aos 22 anos (1987) voltou a Niterói, morando com sua avó Zélia. Na época trabalhava no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) e fazia de tudo um pouco: foi locutora da rádio Fluminense FM onde usava a outra parte do seu nome: Cristina Moreira. Foi backing vocal do cantor José Augusto e de Bebeto. Cursou Teatro na CAL (Casa das Artes das Laranjeiras) e também nessa época fez seu primeiro show no Rio de Janeiro.
O primeiro (de vários) sucesso da carreira foi Catedral (1994), que entrou para a trilha sonora da novela A Próxima Vítima, da Rede Globo, como tema dos protagonistas da trama. A partir daí, a carreira de Zélia deslanchou.
Zélia Duncan tem mais de 20 trabalhos lançados ao longo da carreira. Após o lançamento do álbum Minha Voz Fica, em homenagem à cantora Alzira E, que saiu no início deste ano, Zélia lançou, no dia 21 de maio, seu mais novo trabalho, o álbum Pelespírito.
Não Vou Pedir Licença: um recado direto de Lia Sophia e Zélia Duncan
Não Vou Pedir Licença, novo single de Lia Sophia, e que tem Zélia Duncan como convidada mais do que especial, já está disponível, desde esta sexta-feira (10), em todas as plataformas de áudio digitais. Além do single, há o videoclipe da canção.
Não Vou Pedir Licença foi composta por Lia Sophia para o documentário Assim Como o Ar, Sempre nos Levantaremos, que dá visibilidade a mulheres lésbicas, bissexuais, trans e travestis. Acompanhe outros lançamentos conosco.
A diretora pernambucana Clara Angélica entrevistou mais de 20 mulheres, mostrando seus medos, sua resistência e a luta dessa comunidade por seus direitos no Brasil, país que mais mata LGBTQIA+ no mundo. “A Clara Angélica me convidou para compor uma música pro documentário e me passou um pequeno briefing. Eu compus duas músicas e a escolhida para fazer parte da trilha do filme foi Não Vou Pedir Licença”, relembra Lia Sophia.
Um trecho da canção diz: “Quem sabe do meu corpo sou eu / Quem sabe da minha alma sou eu / Ninguém me dirá quem amar / Ninguém me dirá como ser”, em um recado direto e bastante claro de Lia, com a qual Zélia compartilha.
O convite de Lia Sophia a Zélia Duncan
A ideia de convidar Zélia Duncan para gravar Não Vou Pedir Licença foi imediata, até por se tratar de um tema que as une. Vale lembrar que as artistas são lésbicas assumidas e lutam bravamente pela causa.
“Essa colaboração foi sonhada e desejada bem antes da composição dessa música. A Zélia Duncan é uma artista incrível e uma referência musical pra mim. Eu sou fã e já cantei muitas canções dela ao longo da minha trajetória. Com sua alma ativista e a potência da sua voz, Zélia extrapola os palcos e fala por pessoas que têm sido silenciadas. Ela tem lugar de fala e de canto para interpretar essa canção e o fez lindamente, com o coração na voz”, pontua Lia Sophia.
Zélia Duncan retribui. “Foi um prazer pra mim conhecer Lia Sophia e participar da trilha de um documentário que é tão importante para a nossa comunidade”.
A arte da capa do novo single é composta por fragmentos de obras do artista plástico paraense Petcho.
Não Vou Pedir Licença e a defesa à temática LGBTQIA+
Ainda que a temática LGBTQIA+ sempre estivesse presente em seu trabalho, Lia Sophia vem dando mais visibilidade à causa em suas canções: “Silenciar é ser conivente. É muito representativo e importante que unamos as nossas vozes enquanto artistas, mulheres e lésbicas, para reverberar milhares de outras vozes de mulheres lésbicas, bissexuais, trans e travestis, para dizermos que não vamos pedir licença para existir”, afirma a artista.
O lançamento do single Não Vou Pedir Licença reforça ainda a importância de se fazer ecoar datas como Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, celebrado em 29 de agosto.
Pop com referências eletrônicas, Não Vou Pedir Licença foi produzida em três regiões brasileiras: Lia Sophia e Zélia Duncan gravaram as vozes no Space Blues, em São Paulo; em Recife, Guga Fonseca produziu a música e gravou teclados, synths, beats e contrabaixo, e Rogério Samico a guitarra. Já Mateus Estrela gravou os sintetizadores e percussões eletrônicas em Belém do Pará. A mixagem e masterização é de Alexandre Fontanetti.
O lançamento do single Não Vou Pedir Licença se deu nesta sexta-feira (10), nas plataformas de streaming, acompanhado por um clipe que traz imagens dos bastidores do encontro de Lia Sophia e Zélia Duncan e do documentário Assim Como o Ar, Sempre nos Levantaremos, previsto para estrear em outubro.
Você pode acompanhar o single “Não Vou Pedir Licença”, parceria entre Lia Sophia e Zélia Duncan, nas principais plataformas de áudio. Para conferir o clipe da canção, é só clicar no player abaixo.