Aquele Abraço, Gilberto Gil, de Moisés Navarro, traz convidados especiais
O álbum Aquele Abraço, Gilberto Gil, do cantor e compositor mineiro Moisés Navarro, já está disponível em todos os tocadores de áudio digitais, desde quinta-feira (17).
O álbum Aquele Abraço, Gilberto Gil, ocmo o próprio nome já indica, é uma homenagem de Navarro ao cantor e compositor baiano, por toda a sua obra, especialmente focando nas canções menos conhecidas de Gil.
O disco conta com as participações especiais de nomes como Áurea Martins, Margareth Menezes, Renegado, Trio Janaju, Zé Manoel e Zezé Motta.
Confira os detalhes do álbum Aquele Abraço, Gilberto Gil, a seguir, com o Versos e Prosas.
Aquele Abraço, Gilberto Gil: releituras do Lado B do artista baiano
Está disponível, nas plataformas digitais, desde quinta-feira, 17 de novembro, o álbum “Aquele Abraço, Gilberto Gil”, do cantor mineiro Moisés Navarro. O álbum reúne o repertório dos três EP lançados no último ano celebrando a obra de Gilberto Gil e traz duas gravações inéditas, o ijexá “Serafim” e “Logos versus logo”, em dueto de Moisés Navarro com o rapper Renegado. Assim como nos EPs já lançados, Moisés Navarro revela canções pouco conhecidas, só gravadas pelo próprio Gilberto Gil. “Logos versus logo” foi lançada no álbum “Dia dorim noite neon” (1985) e “Serafim” em “Parabolicamará” (1991).
“Aquele Abraço, Gilberto Gil” é um lançamento do selo Alves Madeira e traz as assinaturas do maestro Jaime Alem, na direção musical e arranjos, e do produtor Pedrinho Alves Madeira, na criação e direção artística. A capa é do designer Denilson Cardoso, a partir da foto que traz a criação, direção e cenário de Pedrinho Alves Madeira, que inclui obra do premiado artista plástico Ricardo Homen.
As participações especiais do álbum de Moisés Navarro
Com participação de Zezé Motta, entre os destaques do álbum Aquele Abraço, Gilberto Gil, está a ainda necessária “A Mão da Limpeza”, lançada no primeiro EP do projeto e por Gilberto Gil no disco “Raça Humana” (1984). A música também ganhou um clipe, dirigido por Marinho Antunes e Pedrinho Alves Madeira, que está disponível no canal do cantor no YouTube. Com reflexões sobre a questão racial, o álbum destaca também “Tradição”, pescada do álbum “Realce” (1979), e “Zumbi, a felicidade guerreira”, parceria de Gilberto Gil com Waly Salomão feita para a trilha do filme do cineasta Cacá Diegues, “Quilombo dos Palmares” (1984).
O repertório do álbum traz uma mescla de ritmos que vai do samba ao samba pop e o reggae. Entre as surpresas lançadas no segundo EP, a inédita “A Última Coisa Bonita”, um samba raro de Gilberto Gil, e a pouco conhecida “Fé Menino”, lançada em 1978 na voz de Ney Matogrosso, que ganhou uma deliciosa levada de reggae. Presente na memória afetiva de muitos, a sinuosa “Lente do Amor” também se destaca no registro de Moisés com participação do Trio Janaju.
Aquele Abraço, Gilberto Gil: as participações de Áurea Martins e Margareth Menezes
A ótima repercussão da regravação de “Fé Menino” gerou um divertido clipe dirigido por Pedrinho Alves Madeira e editado por Rafael Sky, criado originalmente para o Tik Tok. Tendo como referência a pop arte de Andy Warhol e a fase cubista de Picasso, o jogo de máscaras utilizado pelo narrador/cantor anuncia divertidamente que segue felino e feliz flertando com a bela menina e o belo menino. Confira outros lançamentos conosco.
Duetos especiais com Áurea Martins, Margareth Menezes e Zé Manoel celebraram a obra de Gilberto Gil no terceiro EP do projeto e se destacam no álbum. Com o pernambucano Zé Manoel divide os vocais do reflexivo samba-blues “Então vale a pena”, na companhia da carioca Áurea Martins cai no samba “Fechado pra balanço” e com a baiana Margareth Menezes, Moisés Navarro gravou o pungente afro-samba “Bahia de todas as contas”.
A trajetória de Moisés Navarro
Mineiro da cidade de Pitangui, localizada no Centro-Oeste do estado, Moisés Navarro está entre os nomes ascendentes da cena musical de Belo Horizonte. Com elogiados shows na bagagem, em 2020 lançou o álbum “Viver a Vida”, que reúne estilos diversos como samba, toada raiz e MPB, assinadas por compositores como Toninho Geraes e Márcio Greick; e dois singles autorais em parceria com Ricardo Homen (“Novo samba” e “Bahia você me dá saudade”). Em 2021 lançou o primeiro EP do projeto “Aquele Abraço, Gilberto Gil”, dedicado à obra do compositor baiano.
Apesar de a relação com a música vir da infância, Moisés Navarro começou a cantar profissionalmente há cerca de três anos. “Eu cresci ouvindo Adoniran Barbosa, Dorival Caymmi, Gal, e alguns sertanejos de raiz também. Meu pai ligava a rádio e eu, enquanto estudava, ouvia as canções ao fundo”, comenta o artista mineiro.
Aquele Abraço, Gilberto Gil reúne canção inédita e raridades compostas por Gilberto Gil
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- “Logos versus logo” (1985): A única gravação é a do próprio Gil, lançada no álbum “Dia dorim noite neon”, de 1985.
- “Fé Menino” (1978): O único registro da música é de Ney Matogrosso, que gravou no álbum “Feitiço”, de 1978.
- “A Mão da Limpeza” (1984): Samba poucas vezes gravado, foi lançado por Gilberto Gil no disco “Raça Humana” (1984).
- “Opachorô” (1997): Lançada originalmente por Gilberto Gil no álbum “Quanta”, de 1997.
- “Tradição” (1979): Foi registrada no álbum “Realce” (1979), cinco anos depois de ter sido composta por Gil. Antes de Moisés Navarro, foi gravada por Caetano, em Tropicália 2 (1993), álbum que lançou com Gil.
- “Lente do Amor” (1981): Das canções selecionadas, certamente a mais conhecida é a icônica “Lente do amor”, lançada originalmente em 1981 no álbum “Luar”, de Gilberto Gil. A música foi tema de abertura da série “Amizade Colorida”, produzida e exibida pela Rede Globoentre 20 de abrile 29 de junho de 1981, em 11 episódios.