O rock cor azul de Wilson Sideral ganhou amor com arranjos da Orquestra Opus

“Entreguei minha alma nesse show!”

Esta foi a frase dita por Wilson Sideral, em uma conversa super descontraída que tivemos após o espetáculo, que me deixou radiante. Eu escolhi começar a resenha com esta fala do artista para demonstrar a vocês, desde o começo, o quanto as nossas linhas de amor estarão lindas e perfumadas de música!

Acompanhe, com o Versos e Prosas, tudo sobre esse concerto único e inesquecível.

Antes de mais nada, eu preciso falar da sintonia entre o maestro Leonardo Cunha e o Wilson Sideral.

Eu costumo dizer que a amizade é a melhor forma de amar! e a gente vê amor demais com esses dois, eles têm um carinho com a música, o palco, os artistas ali representados e principalmente um com o outro.

Vale a pena destacar o talento que o maestro Léo Cunha tem com o microfone, ele arranca gargalhadas no boa noite do início no show, até o boa noite do fim do show, isso é sensacional, é um talento no palco que é só dele!

Não pense que será fácil, extremamente fácil para mim relatar esse espetáculo tão cheio de sentimentos, afinal falar de música, Orquestra Opus e Wilson Sideral juntos, é uma mistura de sentimentos e emoções que eu posso me perder entre a poesia e a prosa.

Dessa vez, o Orquestrando o Brasil mergulhou no rock nacional e trouxe tudo aquilo de melhor que podíamos esperar. Foi o melhor do rock com uma pontinha de MPB, junto do talento em transformar todos aqueles arranjos do maestro Leonardo Cunha e a interpretação, única, de Wilson Sideral, trazendo sentimento puro e realidade para cada música.

Logo na primeira música, Na Moral, composta por Rogério Flausino e Wilson Sideral, que fez muito sucesso com o Jota Quest, a gente agradece a oportunidade de estar ali, sentir aquela energia toda vindo do palco e a plateia empolgada refletindo a emoção dos músicos não tem preço que pague.

Eu vivia de folia e minha vida não seria um caos se fosse para viver ouvindo rock orquestrado na voz de Wilson Sideral.

Wilson Sideral reverencia o Cine Theatro Brasil, casa que recebeu o espetáculo, e o público em todo momento, fato que deixou a plateia ainda mais encantada.

O que me fascinava era poder ouvir do público:

“Nossa como ele é educado e Gentil”, ou então: “É muito bom ouvir Wilson Sideral ele canta feliz e fala bem de todo mundo”.

Eu ouvia tudo aquilo e vibrava por dentro. Concordo com tudo o que foi dito e diria muito mais.

Bete Balanço, composta por Cazuza e Roberto Frejat, já é bem conhecida na voz de Wilson Sideral, compondo o projeto Flausino e Sideral cantam Cazuza, mas os arranjos da Orquestra Opus deram um tom especial ao som.

Eu canto tudo e não canso,

Aqui é onde eu quero estar!

O que eu gosto no Maestro Léo Cunha, é que ele não deixa o melhor para o final. Mem precisávamos pedir para ele tocar Raul, então aí vai a trinca de Raul Seixas, recheada de emoção e interpretação.

Maluco Beleza recebeu muito talento dos músicos ali presentes, além do arranjo fantástico da Orquestra Opus teve uma interpretação única de Wilson Sideral, eu senti o Raul Seixas ali no palco.

Sideral interpretou o clássico de 1977, com uma desenvoltura, que não me surpreende, já que sei que talento ele tem demais, mas, esse, eu não conhecia!

Eu sei que eu tenho uma velha opinião formada sobre tudo, mas não tem como ser diferente!

Sem nem tempo para respirar e eu nem queria, a Orquestra Opus já emendou Metamorfose Ambulante e a atuação ali no palco continuava forte. Raul Seixas (1945 – 1989) vivia na voz de sideral naquele momento.

Às vezes você me pergunta: por que que eu sou tão calado?

Prefiro deixar a música e sua emoção falar por mim.

Esse espetáculo Com certeza falou e falará muito por mim!

Gita, também fez parte do processo contínuo de emoção.

Assim foi reverenciado, Raul Seixas, por eles com uma atuação ímpar, onde o Maluco Beleza se perdia e se encontrava nos acordes e na voz de Wilson Sideral.

Eu nunca procurei a palavra Sideral no dicionário, mas se fosse para designar alguns significados para esse Sideral aí, que é Wilson também, eu diria que é família! Sempre que pode e com toda a razão desse mundo, ele manda aquele abraço especial para sua esposa e seus cinco filhos.

Romance Ideal, composta por Herbert Vianna, chegou na voz de Wilson Sideral para embalar à noite.

Ela é só uma menina, mas ganhou arranjos incríveis do maestro Léo Cunha, interpretação fantástica de Wilson Sideral, além dos bastidores, quando o músico disse que foi uma das primeiras canções que ele aprendeu a tocar no violão.

Lanterna dos Afogados, composta por Herbert Vianna, trouxe ainda mais Os Paralamas para iluminar a nossa noite.

A música que também ganhou arranjo especial do maestro Léo Cunha, teve a soma da interpretação brilhante de Wilson Sideral, do jeito que a gente sempre espera!

Falando em esperar, eu só tenho uma coisa para dizer a este espetáculo:

Eu tô te esperando, vê se não vai demorar!” Que a Orquestra Opus traga sempre o rock para perto de nós!

A experiência de cantar com a orquestra mexe com o Wilson Sideral, ele relata no show que está acostumado com o rock and roll básico, que está ali é uma sensação incrível.

Só me resta concordar e completar: ouvir todos vocês juntos é a melhor sensação!

Em meio às montanhas de Minas Gerais, também encontramos sucesso e ondas sonoras do rock. Prova disso está aí a banda 14 Bis.

Linda Juventude, composta por Flávio Venturini e Márcio Borges, ganhou os arranjos da Orquestra Opus que eu já conhecia, no show com o Flávio Venturini.

Esse foi para mim um dos melhores momentos do show, há quem diria que foi porque a música foi dedicada a mim no ensaio, mas é porque a música mineira me emociona!

Ah nossa linda Juventude, páginas de um show maravilhoso!

Sei que eu sou suspeita para falar sobre o Wilson Sideral, mas para mim ele é o cara, e ganha ponto comigo em cada show!

Ouvi-lo ali no palco reverenciando todos os artistas mineiros e todo mundo que fez parte do nosso amado Clube da Esquina foi inexplicável, eu senti o amor, a admiração, a adoração dele por todos os mineiros e os membros do Clube da Esquina!

Falando na nossa esquina mais amada, o nosso mestre maior tinha que ser representado nesse show né?!

Para Lennon e McCartney, composta por Fernando Brant, Lô e Márcio Borges, fez muito sucesso na voz de Milton Nascimento, como eu já esperava, Wilson Sideral foi lá e brilhou forte cantou como nunca e ainda deixou a sua marca.

“Por que você não verá, meu lado Sideral!”

“Ver” realmente eu não pude, mas pude sentir todo esse som maravilhoso que foi a junção da sua voz com todos os instrumentos da Opus, deixando a noite ainda mais bela e cheia de energia!

Esse show é tão bom e azul, lindo como sempre!

O momento de cantar Fácil é feliz e nostálgico para todo mundo!

Talvez a composição mais importante da carreira de Wilson Sideral, ao lado do irmão Rogério Flausino, é extremamente fácil de cantar e fácil de ver a empolgação do público.

Eu amei os arranjos da orquestra eles conduziram de forma leve, trazendo ainda mais entusiasmo a plateia.

Eu não podia falar dessa música e não abrir o meu coração para vocês, a versão dessa música que eu mais gosto é quando o Sideral canta e toca gaita. Eu tive a oportunidade de acompanhar essa versão em alguns shows e afirmo, me emociona!

Para completar essa noite incrível, repleta de homenagens a grandes mestres brasileiros, a Orquestra Opus nos presenteou com Beatles, o público comemorava feliz e tenho certeza que todos dá orquestra sentiram-se satisfeitos.

E o rock Mineiro continuava!

Dois Rios, sucesso incrível da banda Skank, com uma trinca de compositores que tem toda a minha admiração, Nando Reis, Samuel Rosa e Lô Borges, ganhou arranjos maravilhosos da Orquestra Opus, e um talento de Wilson Sideral na interpretação, que fascina a mim e ao público.

O dom de encantar o público com as poesias cantando com o coração cheio de amor, já faz parte do show de Wilson Sideral, mas com a Orquestra Opus eles conquistaram o meu coração, não só nessa música é claro, mas quando cantaram Faz Parte do Meu Show, eu fiquei ainda mais apaixonada por aquele espetáculo.

Sideral canta com amor tudo aquilo que lhe é proposto, mas quando se trata de Cazuza, ali tem paixão, além do amor, ele põe ainda mais emoção.

Wilson Sideral falou dessa questão de Cazuza t um pé no rock outro na MPB, ele disse que gosta dessa coisa do Cazuza ser meio fora da caixinha, no bom sentido Claro, e que ele espera um dia ser também.

Eu acho que ele já é, afinal não é qualquer artista que tem o talento de cantar vários estilos do nosso brasilzão em formato blues, no projeto Tropical blues, e ainda cantar várias outras músicas no estilo pop rock que já era a raiz da sua carreira, fora essa participação maravilhosa ao lado da Orquestra Opus.

Será foi outro ponto alto do espetáculo, legião urbana era o que mais ouvia na minha infância, lá em casa, era Renato Russo em todo momento.

Então estar ali e ver os meus amigos brilhando no palco daquela maneira fez uma mistura de sentimentos dentro de mim, com o passado e o presente em um só lugar, vou contar um segredo para vocês, que não é de liquidificador: eu perco as palavras para descrever esse momento, e não é só imaginação, tudo aconteceu como dizia Renato Russo:

“Tudo pode acontecer”

Meu Erro, aliás, d’Os Paralamas do Sucesso, manteve o público lá em cima, com a empolgação total, aí eu já estava igual ao Vital, e me sentia total!

E o meu erro foi crer que apenas um espetáculo bastaria,

Ai meu Deus outro show era tudo o que eu queria!

Esse momento eu sinto um aperto forte no coração e ele fica pequenininho, é como se tivesse um caroço na minha garganta, me impedindo de falar.

Wilson Sideral cantou a música Maria, composição dele, que carrega o nome de sua mãe, dona Maria das Graças, em homenagem ao Senhor Pedro Paulo, pai do Paulinho Fonseca, baterista da banda Jota Quest, que faleceu naquele dia.

Senhor Pedro Paulo Obrigada por tudo que o senhor fez pela música, o senhor é luz!

Maria ganhou um arranjo emocionante da Orquestra Opus, nessa eu posso dizer que o maestro Léo Cunha caprichou, aliás, ele capricha em todas!

Esse vai ser o meu momento mais lindo, Do Seu Lado, é onde eu quero estar!

Do lado de todos vocês que acompanham as minhas linhas poéticas, do lado desses artistas maravilhosos que me dão a oportunidade de acompanhar os shows, e que shows!

O sucesso de Nando Reis, que a gente ama também na voz de Jota Quest, ganhou arranjos maravilhosos da Orquestra Opus e uma empolgação bem Sideral, o público cantou feliz!

Eu sei que não tem muita graça, contar tudo aquilo que se passa no palco, então eu posso dar uma dica? Vá a um espetáculo da Orquestra Opus, o maestro Léo Cunha tem um humor único e transforma tudo em beleza e alegria.

E viva sempre o nosso rock brasileiro!

Os artistas escolheram para fechar o show, Que País É Esse?, a plateia cantou e pulou, todos de pé festejando o nosso rock, o nosso Brasil.

A Orquestra Opus tocou no ponto certo com o acompanhamento vocal de Wilson Sideral, tenho certeza que quem ali estava retornará em vários outros momentos.

E uma coisa eu digo: sabe que país é esse? Um país cheio de artistas talentosos, carismáticos, com entrega, cheio de amor e paixão pela música!

Viva o rock brasileiro! Viva a nossa maravilhosa Orquestra Opus! Viva ao nosso incrível Wilson Sideral!

Marcos Aurélio

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