As músicas de Elis Regina estão sempre na lembrança de cada um

Elis Regina nasceu no dia 17 de março de 1945 em Porto Alegre (RS) e mudou-se para o Rio de Janeiro, definitivamente, em 1963, aos 18 anos para deixar sua marca, ainda mais forte, na música brasileira.

As músicas de Elis Regina conquistaram os palcos, as rádios e ainda a deu o título de rainha da MPB com sua voz marcante e seu jeito único de cantar.

Isso sem falar na interpretação inigualável, que fez dela uma das maiores intérpretes de Música Popular Brasileira de todos os tempos. É por isso que, apesar de não ser compositora, Elis tem inúmeros sucessos que são só seus, sem desmerecer os compositores, é claro.

As músicas de Elis Regina já carregam sua assinatura  de tal forma, ao dar sua própria interpretação, que elas acabaram ficando intimamente ligadas à cantora. 

Nós, do Versos e Prosas, preparamos uma lista com as principais músicas de Elis Regina  para você ouvir com a gente.

Como Nossos Pais 

Como Nossos Pais é uma das músicas de Elis Regina mais lembradas nas playlists. Composta por Belchior em 1976, a canção retrata um conflito entre gerações.

“Eu sei que o amor é uma coisa boa

Mas também sei que qualquer canto

É menor que a vida de qualquer pessoa”.

As músicas de Elis Regina: O Bêbado E A Equilibrista 

Outro sucesso, dentre vários, das músicas de Elis Regina é O BÊBADO e a Equilibrista,. Composta por João Bosco e Aldir Blanc em 1979, integrando o LP Essa Mulher, de Elis Regina.

O Bêbado e a Equilibrista se tornou um hino informal sobre o declínio da ditadura militar no país, com versos em referência às esposas de dois opositores mortos pela repressão – Maria, de Manuel Fiel Filho, e Clarisse Herzog, de Vladimir Herzog. Confira toda a história que envolveu a canção, com o Versos e Prosas.

“Chora nossa pátria mãe gentil 

Choram Marias e Clarices 

No solo do Brasil”

Fascinação 

Fascinação ficou tão marcada pela voz de Elis Regina que pouca gente sabe que a música é uma versão. A gravação original é uma valsa francesa do começo do século XX, que teve diferentes adaptações em português.

Em 1976, no aclamado álbum Falso Brilhante, a Pimentinha fez o seu registro da canção. “Fascinação” tornou-se, desde então uma das músicas de Elis Regina mais reconhecidas.

“Poema divino cheio de esplendor 

Teu sorriso prende, inebria, entontece

És fascinação amor”.

As músicas de Elis Regina: Tiro ao Álvaro

Tiro ao Álvaro foi gravada por Elis, em dueto com o músico e ator Adoniran Barbosa, autor da canção, no último álbum de estúdio da Pimentinha, “Elis”, de 1980.

Uma curiosidade é que o cantor paulista já havia tentado lançar a canção em 1973, mas ela foi censurada pela Ditadura por causa do tom humorístico e dos erros propositais de português.

“De tanto levar frechada do teu olhar

Meu peito até parece sabe o que

Taubua

De tiro ao Álvaro

Não tem mais onde furar”.

Maria, Maria

Este verdadeiro clássico de Milton Nascimento e Fernando Brant é mais uma das músicas de Elis Regina eternizadas também na voz da cantora gaúcha, com sua interpretação forte e marcante!

Maria, Maria fala da mulher guerreira, batalhadora, que não desiste nunca! Uma mulher batalhadora, que vive sozinha com os filhos e faz de tudo para que eles possam ir à escola.

“Maria, Maria, é um dom, uma certa magia

Uma força que nos alerta

Uma mulher que merece viver e amar

Como outra qualquer do planeta”.

Músicas de Elis Regina: Águas de Março

Águas de Março traz um dueto mais do que aclamado da nossa Música Popular Brasileira, formado por Elis Regina e o autor da canção, Tom Jobim.

Águas de Março, lançada inicialmente por Tom em 1972, foi regravada pelo cantor com Elis, no LP Elis e Tom, de 1974 e, aí, estourou, de fato por todo o país. A canção ainda ganhou uma versão em inglês, feita pelo próprio Tom, que manteve a estrutura e o significado da letra.

“São as águas de março fechando o verão

É a promessa de vida no teu coração”.

Casa no Campo

Outra das músicas de Elis Regina que ficou eternizada foi Casa no Campo. Incluída no excelente elepê que Elis Regina lançou em 1972, “Elis” – aquele da capa com a cantora posando numa cadeira de vime e cujo repertório ostentava ainda músicas como “Águas de março”, “Mucuripe” e “Nada será como antes” -, Casa no campo acabou se tornando uma espécie de manifesto de intenções de boa parte da juventude da época.

“Eu quero uma casa no campo

Onde eu possa compor muitos rocks rurais

E tenha somente a certeza

Dos amigos do peito e nada mais”.

E aí? Gostou da nossa seleção das músicas de Elis Regina, no dia em que completamos 40 anos sem a Rainha? Então, confira cada uma delas, na playlist exclusiva do Versos e Prosas.

Marcos Aurélio

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