Carioca Leila Maria canta Djavan no álbum Ubuntu
O álbum Ubuntu, da cantora Leila Maria, já está disponível, em todas as plataformas de áudio digitais, desde esta sexta-feira (29).
O disco possui nove faixas, compostas por Djavan, e conta com Maria Bethânia como convidada mais do que especial. Além disso, cantora traz artistas africanos e afrodescendentes para compor o projeto, editado pela gravadora Biscoito Fino.
A carioca Leila Maria, 66, ficou conhecida nacionalmente, após participar, com sua voz aveludada, o timbre personalíssimo e o seu notável senso de divisão rítmica, do The Voice +, reality musical da TV Globo para quem tem mais de 60 anos, em 2021.
Acompanhe, com o Versos e Prosas, todos os detalhes do álbum Ubuntu, em que Leila Maria reverencia Djavan, na sequência, com o Versos e Prosas.
O álbum Ubuntu e a homenagem a Djavan
Primeiro álbum de Leila Maria desde o autoral Tempo (2018), Ubuntu já está disponível em todos os tocadores de áudio digitais, desde esta sexta-feira (29). O disco sai pela Biscoito Fino, gravadora que já havia lançado um tributo de Leila à cantora Billie Holiday, em 2012 (o premiado Leila Maria canta Billie).
Destaque em rede nacional na edição inaugural do The Voice +, em 2021, Leila Maria impressionou a quem ainda não conhecia a voz aveludada, o timbre personalíssimo e o seu notável senso de divisão rítmica. Todos estes atributos estão a serviço da obra de Djavan, autor dos nove temas de Ubuntu, sexto álbum de Leila Maria.
“O repertório foi um quebra-cabeça e levou um bom tempo pra ser montado. Foi tão difícil que acabamos incluindo uma música além do planejado, quando o querido François Muleka nos chegou com uma pérola, durante a gravação”, pontua a cantora carioca.
E por que gravar Djavan?
A ideia de gravar um álbum focado em Djavan veio de Ana Basbaum, produtora da Biscoito Fino, que também sugeriu o nome de Alexandre Kastrup para produzi-lo. “Eu adorei a ideia, que me encantou tanto afetiva quanto musicalmente, já que muitas das músicas de Djavan fazem parte da trilha sonora da minha vida. Toda a sua obra tem uma impressionante e indiscutível riqueza musical e poética”.
A palavra Ubuntu, de origem Zulu, tem vários significados e revela o universo musical do álbum, que reúne artistas brasileiros, africanos e afrodescendentes. “Quis propor um álbum de sonoridade africana que fizesse referência à Diáspora Negra, como uma forma de falar, através da música, sobre a origem e as raízes de ambos” conta Kastrup. Confira outros lançamentos conosco.
“Inicialmente, gravamos algumas bases com o congolês Zola Star (guitarrista, violonista, cantor e compositor) e François Muleka, descendente de congoleses (violonista, cantor, compositor e baixista). Ambos têm suas próprias carreiras autorais, com lindos álbuns lançados, mas também são instrumentistas brilhantes e ajudaram a dar o tom inicial do álbum, trazendo o universo do zouck e da rumba congolesa para a obra do Djavan”, conclui o produtor.
A participação de artistas africanos e de Maria Bethânia
Outros artistas africanos contribuíram para a riqueza sonora do álbum. São de Moçambique os músicos Milton Guli e Otis Selimane, além da cantora Selma Uamusse. O maestro Ahmed Fofana (Bjork,Lauren Hill) é do Mali e trouxe com ele o músico Assaba Drame para tocar ngoni, instrumento típico da região norte da África.
Já o grupo Vocal Kuimba é um coral de jovens estudantes angolanos formado em São Paulo. A descendência da diáspora no Brasil está muito bem representada por Beth Beli e Jackie Cunha nos tambores (do grupo Ilu Obá de Min); a cantora e pianista Maíra Freitas; o violoncelista Jonas Moncaio; a baixista Ana Karina e o naipe de sopros formado pelo casal Richard Fermino e Sintia Piccin.
Na gravação de “Seca”, Leila Maria contou com a participação especialíssima de Maria Bethânia, recitando um trecho da letra poética de Djavan, além de Maíra Freitas ao piano.
“Foi um presente, uma experiência extremamente enriquecedora. Um desafio desde o primeiro contato com o querido Zola Star, que com sua irreverência e alegria contagiantes ajudou a aprofundar meu conhecimento sobre a música africana. Tão perto e, ao mesmo tempo, um pouco distante dos caminhos que eu vinha percorrendo musicalmente, priorizando o jazz e a MPB”, aponta Leila, enfatizando ainda a pluralidade da obra de Djavan. “Sua expressão musical é tão abrangente a ponto de se inserir tanto no contexto africano (ele tem canções cujas letras se referem explicitamente a países africanos), quanto no jazz norte-americano, sem perder a brasilidade, o sotaque e a pegada únicos da nossa maravilhosa MPB, que não cessa de se reinventar”, conclui Leila Maria.
Para Guilherme Kastrup, a cultura é peça fundamental de transformação da sociedade: “Esperamos que esse projeto contribua para o entendimento da importância fundamental da cultura africana na nossa formação. E que nossa sociedade aprenda a respeitar e valorizar os corpos negros em toda a sua beleza e sabedoria”, finaliza.
Álbum Ubuntu e seu repertório
Confira, com o Versos e Prosas, as nove faixas do álbum Ubuntu, em que Leila Maria canta Djavan:
1 – Soweto (Djavan)
Participação Especial: Zola Star
Tobina (Música Incidental)
2 – Aquele Um (Djavan / Aldir Blanc)
Fato Consumado (Música Incidental/Djavan)
Ponto de Exu Tiriri (Música Incidental)
3 – Tanta Saudade (Djavan / Chico Buarque)
Participação Especial: Zola Star
Bolingo Na Ngai (Música Incidental/ Zola Star)
4 – Meu Bem Querer (Djavan)
Participação Especial: Vocal Kuimba
5 – Oceano (Djavan)
6 – Asa (Djavan)
Participação Especial: Selma Uamusse
7 – Flor de Lis (Djavan)
8 – Faltando Um Pedaço (Djavan)
9 – Seca (Djavan)
Participação Especial: Maria Bethânia
Para curtir, faixa a faixa, o álbum “Ubuntu”, em que Leila Maria presta uma homenagem mais do que justa ao cantor e compositor alagoano Djavan, acesse sua plataforma de áudio predileta. Agora, para acompanhar o clipe de Meu Bem Querer, canção utilizada para a divulgação do disco, basta clicar no player abaixo.