Álbum Saudade, de Alceo Valença: um passeio entre o Rio e Olinda
O álbum Saudade, do cantor e compositor pernambucano Alceo Valença, já está disponível em todas as plataformas digitais de áudio, deste esta sexta-feira (23).
O álbum Saudade conta com 11 músicas do artista, sendo duas canções inéditas e nove releituras de grandes sucessos do pernambucano, no formato voz e violão, aliás, modelo inédito na discografia de Alceo, inaugurado com o disco Sem Pensar no Amanhã, lançado em 12 de março de 2021.
O álbum Saudade traz canções que falam das andanças de Alceo pelo Rio de Janeiro e Olinda, no Grande Recife.
Acompanhe mais detalhes do álbum Saudade, de Alceo Valença, com o Versos e Prosas! Você vem nesse passeio entre o Rio de Janeiro e Olinda, conosco?
A trajetória de Alceo Valença
Alceo Paiva Valença, o Alceo Valença, nasceu em São Bento do Una, no Agreste pernambucano, em 1 de julho de 1946. Alceo é cantor, compositor, instrumentista e advogado.
sem sombra de dúvidas, Alceo Valença é o que se chama de o legítimo representante da cultura do Nordeste. Alceo Valença, que já é há tempos uma referência nacional, nunca se esquece de sua região e sempre carrega consigo suas raízes nordestinas em seus trabalhos.
Alceo Valença, influente em debates sociais, sempre esteve atento à relação entre o movimento político e a música, trazendo novas vertentes para seu repertório e cativando o público, não apenas com músicas autorais, mas também com parcerias de grande sucesso em nossa MPB!
Influenciado pelos maracatus, cocos e repentes de viola, Alceu conseguiu utilizar a guitarra com baixo elétrico e, mais tarde, com o sintetizador eletrônico em suas músicas.
Alceo Valença deu início à carreira musical na década de 1970 e, daí para frente, não parou mais! Saiba tudo sobre a carreira de Alceo Valença.
O álbum Saudade e o passeio entre o Rio e Olinda
O álbum Saudade, do cantor e compositor pernambucano Alceo Valença, já está disponível em todas as plataformas de áudio, desde esta sexta-feira (23). Editado pela gravadora Deckdisc, o álbum Saudade faz um verdadeiro passeio entre o Rio de Janeiro e Olinda, cidade de grande influência na carreira de Alceo Valença, e localizada no Grande Recife.
O álbum Saudade, novo trabalho em voz e violão de Alceu Valença, é o segundo dos quatro lançamentos no formato que o artista pernambucano apresenta ao longo deste ano.
A faixa-título foi composta durante o período de quarentena na pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e já havia sido previamente lançada, no último dia 9 de julho, em formato de single.
Nesta toada, que remete ao melhor de seu cancioneiro, Alceu expressa com suavidade e lirismo todo o espanto diante do medo, das despedidas, das desigualdades.
“Saudade da estrada, saudade da rua”, canta o poeta andarilho, acostumado a fazer nas canções a crônica de suas caminhadas diárias pelas ruas do Rio ou do Recife, como na música Andar, Andar.
“Saudade de amigos como eu confinados / que mesmo distantes estão ao meu lado”, afirma o autor de Solidão, habituado à apoteose das multidões.
O tempo não passa
O álbum Saudade fala dessa angústia, na espera pela cura e o tempo que parece passar arrastado. “Respiro o agora / esqueço o passado, os meses, as horas”, receita o compositor diante da prolongada quarentena, que faz nossos relógios caminharem lentos.
“Projeto um planeta mais civilizado / saúde e empatia sem pobres coitados”, sonha o poeta de uma nação solidária, que se renova em Saudade.
Outra canção inédita, que integra o álbum Saudade, é o samba Era Verão, que tem como tema a mudança do jovem Alceu Valença de Recife para o Rio, no começo da década de 1970. A música abre o álbum, seguindo o padrão estabelecido no trabalho anterior, Sem Pensar no Amanhã, lançado em 12 de março deste ano: a ordem das faixas compõe um roteiro sentimental idealizado pelo cantor.
Álbum Saudade: o Rio e Olinda no radar
Na sequência do álbum Saudade, versões intimistas de dois dos maiores sucessos de Alceo Valença: Tropicana e Como Dois Animais (ambas de 1982) remetem a verões festivos, repletos de mistérios, desejos e sabores tropicais. Ai de Ti Copacabana (2005) e Andar, Andar (1990), mantém o Rio de Janeiro no radar. A primeira, alude a uma crônica do escritor Rubem Braga, já a segunda flerta com o blues.
Tesoura do Desejo (1991) é uma canção de separação, ambientada ‘num certo bar Leblon’, que prepara o clima devorador de Solidão (1984). E por falar em saudade, o Samba do Tempo (2005) se dilata como um fio para reconduzir o artista a seu sempre acessível idílio olindense, na bossa Ladeiras (1994) e no mantra Olinda (1985), onde o silêncio rompe a madrugada pela paz dos mosteiros da Índia.
O álbum Saudade foi gravado no Estúdio Tambor (Rio de Janeiro), com produção de Alceu Valença e Rafael Ramos e tem Matheus Gomes na técnica e Yanê Montenegro na produção executiva. A distribuição é realizada pela gravadora Deckdisc.
Para ouvir o álbum Saudade, de Alceo Valença, é só escolher sua plataforma de áudio de streaming favorita e curtir o formato voz e violão com o qual o artista pernambucano nos brindou!