Daniel da Hora: o roqueiro brasileiro que ouve de tudo
Daniel da Hora, violonista, compositor e líder da Banda da Hora, é mais um artista que participa do especial de fim de ano do Versos e Prosas, sobre o outro lado do gosto musical do artista.
Daniel da Hora, como o músico é conhecido, afirma que é bastante eclético e que se adapta, facilmente, o que estiver tocando. Apesar de atuar mais com o pop, o rock e a MPB, ele afirma que há momentos em que se pode ouvir um sertanejo, samba, pagode e até mesmo o piseiro, para se inteirar do que está rolando por aí. Segundo Daniel da Hora, isso o ajuda em suas composições.
A Banda da Hora, liderada por Daniel da Hora, foi fundada em 2016 e, recentemente, sofreu alterações em sua composição. Com a nova formação, Da Hora vislumbra conectar seu som aos amantes da música pop.
Agora, nesta nova fase, o grupo, que passeia pelo rock, pela MPB e até pelo reggae, se prepara para lançar um EP e alguns singles já foram disponibilizados, nas plataformas digitais.
O primeiro deles, lançado em maio de 2021, Mudar de Galáxia, foi composto pelo próprio Daniel da Hora, após o músico sofrer uma grande decepção amorosa. Com melodia dançante e letra cortante, Daniel mira na reconstrução pós desilusão. O cantor e ator Ciro Acioli foi o vocalista convidado da Banda da Hora.
O segundo single lançado, em outubro, Não Vou Parar, também foi composto por Daniel da Hora e vai integrar o futuro EP que a banda disponibilizará em breve. A letra transmite uma mensagem de empoderamento e resiliência, sobre cair e se levantar, persistir com convicção. Helô Tenório foi a vocalista convidada da banda. Confira outras matérias especiais, como esta, com o Versos e Prosas.
E foi justamente Daniel da Hora, violonista, líder e compositor da Banda da Hora, que participou conosco, do especial sobre o outro lado musical do artista. Ao ser perguntado sobre o que gosta de ouvir, o músico destacou sua área de atuação, mas não deixou de valorizar outros estilos que também curte bastante.
“Apesar de ter origens roqueiras, tenho gosto muito eclético. Brinco que sou roqueiro brasileiro, e o Brasil tem uma riqueza musical das maiores do mundo. Então, ouço praticamente de tudo. Além de rock, pop e MPB, minhas praias originais, gosto de ouvir, por exemplo, samba, forró, axé, dentre outros. Meu critério é boa qualidade musical e, especialmente, boas letras – uma letra boa me cativa sempre”, afirma Daniel da Hora, que completa, destacando sua função de compositor.
“Os ritmos regionais são uma categoria à parte: gosto de pesquisar e descobrir coisas novas, no Brasil ou em outras áreas do mundo. Essa riqueza de influências também alimenta muito o meu lado compositor”.
Quando questionado sobre o que ouve em uma festa com os amigos, Daniel da Hora voltou a destacar que se adapta bem a qualquer estilo. “Principalmente, rock, pop e MPB, mas me adapto ao ambiente. Por exemplo, aqui no Rio de Janeiro acontecem muitos eventos com samba ou música eletrônica”.
Já ao comentar o que ouve em um churrasco de domingo com a família, o líder da Banda da Hora citou um estilo, mas também muito abrangente e que agrada a todos. “MPB, principalmente. É um estilo mais abrangente pode cativar gente de todas as idades, e no caso da minha família todos gostam de MPB”, frisou o compositor.
E o que Daniel da Hora gosta de tocar ao violão, em momentos mais descontraídos? O próprio artista responde, destacando um estilo musical por vezes atacado por muitos, mas adorado por tantos: o dito brega. “Rock e pop rock nacional e internacional. Também toco bastante MPB, estilo que fica bem no violão, e quando há oportunidade gosto de tocar meio de farra algumas músicas ditas ‘bregas’ (algumas são muito boas!) porque sempre animam e conectam as pessoas”.
Quando está no carro, encarando o complexo trânsito da capital fluminense, onde vive, Daniel da Hora abre espaço para os ritmos do momento. Segundo ele, isso o ajuda nos momentos de composição. “Alterno entre as novidades da época, em todos os estilos (daí incluindo estilos mais protagonistas nos dias de hoje como sertanejo, pagode e piseiro), para me atualizar das tendências do mercado, e rock mais animado, muitas vezes mais pesado – bandas do chamado “rock clássico” ou de hard rock”.
Quando perguntado sobre o que canta enquanto está tomando banho, Daniel da Hora afirma usar o chuveiro como um aprendizado próprio. “Uso o chuveiro como laboratório de composições. Normalmente canto minhas próprias composições, para testá-las e fixá-las na memória”.
Ao montar sua playlist, com as canções que mais ouve, para o Versos e Prosas, Daniel da Hora fez questão de comentar cada uma das canções pinceladas por ele. Por isso, além de trazê-la, em nosso canal do YouTube, acompanhe abaixo cada canção escolhida pelo líder da Banda da Hora e o porquê de sua escolha. Além disso, o músico fez questão de frisar que: “Este top 10 está sempre mudando, pois gosto de variar e ouvir coisas diferentes para enriquecer minha base musical”.
Dessa forma, “se considerar o momento atual, uma playlist seria”:
– “Don´t Let Me Down” – The Beatles. Tem sempre algo dos Beatles, disparado minha banda favorita. Na onda do documentário “Get Back”, voltei a ouvir essa.
– “Bohemian Rhapsody” – Queen. Completa, única, eterna.
– “Sweet Child O’Mine” – Guns ‘n’ Roses: matadora, um dos meus solos de guitarra favoritos.
– “Beggin’”- Maneskin: arrebatadora, não sai da cabeça.
– “Ti Amo” – Umberto Tozzi, versão da série La Casa de Papel).
– “Alagados” – Paralamas do Sucesso. Mistura única de brasilidade, crítica social e uma das guitarras mais interessantes do rock brasileiro.
– “Esperando Aviões” – Vander Lee. Redescobri recentemente, letra linda, muito gostosa de tocar no violão.
– “Eu Te Amo” – Bryan Behr – curto a batida do violão, ótimo exemplo da geração atual da MPB.
– “Calma” – Marisa Monte. Minha cantora favorita, tem sempre algo dela na minha lista.
– “Retalhos de Cetim” – Alcione – tem sempre espaço para os sambas clássicos.
– “Tudo a Ver”: composição minha de axé com parceiros, lançada recentemente, gravada pelo parceiro Alexandre Thai com o mestre do axé Tuca Fernandes.
– “Mudar de Galáxia”, da Banda da Hora. Gosto especialmente dessa composição, tenho uma identificação especial com ela.