A carreira de Sérgio Britto e as influências que ele traz na bagagem

A carreira de Sérgio Britto não para, mesmo neste período de pandemia da Covid-19 pelo qual estamos passando. Em paralelo com o trabalho nos Titãs, banda que ajudou a fundar há quase 40 anos, o cantor carioca possui um projeto de carreira solo, que segue com lançamentos ao longo deste ano.

O projeto “Epifania”, que no futuro será um álbum, contará com 12 músicas, ao todo, e que serão lançadas, duas a duas, a cada três meses. Quatro delas já estão disponíveis.
Sérgio Britto falou sobre este e outros assuntos com o Versos e Prosas. Como ele faz para conciliar a carreira solo com os Titãs? Como funciona o projeto “Epifania” que, no futuro, será um álbum completo? Fique por aqui e acompanhe estas e outras respostas com a gente!

A carreira de Sérgio Britto: como tudo começou?

A carreira de Sérgio Britto
Foto: Facebook Oficial

Sérgio de Britto Álvares Affonso (18 de setembro de 1959) é compositor, cantor e instrumentista, um dos fundadores da banda Titãs, a qual integra até os dias de hoje. Tem quase 40 anos de carreira e, durante todo esse tempo, compôs e interpretou inúmeros sucessos sozinho ou em parceria. É autor, entre tantas outras canções, de “Epitáfio” (2001), “Homem Primata” (1986), “Enquanto houver sol” (2003), “Flores” (1989), “Marvin” (1984, esta em parceria com Nando Reis) etc.

Nos últimos anos, a carreira de Sérgio Britto vem seguindo por dois caminhos, de forma paralela. Além de continuar nos Titãs, há ainda o destaque para a carreira solo do artista. Alguns projetos solos, como “bossa-nova pop”, Piano e Voz e show tocando Clássicos do Rock, estão entre os destaques.

A carreira de Sérgio Britto: a conciliação dos trabalhos

A carreira de Sérgio Britto estava mais voltada, nos últimos tempos, para os Titãs. Seu último álbum solo, “Purabossanova”, havia sido lançado em 2013. Sendo seu quarto álbum solo, gravou, com participação especial de Rita Lee, a premiada “Purabossanova “ (eleita a melhor música do ano pelo júri da rádio MPB FM em 2014). São também destaques desse repertório: “Aqui neste lugar” com participação especial de Negra Li, “ Pra te Alcançar” com Marina De La Riva e “Sol e Água Limpa” com Marcela Mangabeira.

Na retomada da carreira de Sérgio Britto, o artista falou, ao Versos e Prosas, como faz para conciliar este trabalho com a histórica banda do rock brasileiro. “Não é nada fácil… Na verdade acabo priorizando os Titãs. É algo que tenho tentado corrigir, fazer com que isso seja mais equilibrado. Em carreira solo dificilmente tenho fins de semana para fazer shows e acabo adiando meus lançamentos indefinidamente, mesmo tendo álbuns inteiros gravados.

Agora que estamos só eu, branco (Mello) e Tony (Bellotto), essa conversa foi ficando mais fácil, todos entendemos que é preciso conciliar os anseios de cada um com a dinâmica da banda”.

A carreira de Sérgio Britto e a chegada do streaming

A carreira de Sérgio Britto, bem como a de todos que estão envolvidos com a música, mudou drasticamente com a chegada do streaming. O integrante dos Titãs falou conosco sobre os pontos positivos e os negativos desta mudança radical no consumo de música de hoje em dia.

“Pra começar mudou a receita, antes recebíamos por venda de disco e isso tudo diminuiu drasticamente. Tudo mudou muito… Mas como quase tudo, tem um lado positivo e um negativo. A audição acaba ficando muito pulverizada e aleatória então, de certa forma, estamos de volta à era dos singles. Hoje em dia é difícil encontrar alguém que ouça um álbum inteiro.

Nesse sentido tenho procurado me adequar, tenho lançado “compactos” (lado A e lado B), a cada três meses, e vou continuar fazendo assim, até completar um álbum com doze canções. O ponto positivo, a meu ver, nessa era do streaming, é que as pessoas tem acesso a todo o teu material de uma maneira muito rápida e prática”.

A carreira de Sérgio Britto e sua Epifania

Ao falar do trabalho que está fazendo, com o lançamento de duas músicas, a cada três meses, Sérgio Britto se refere ao projeto “Epifania” que, ao final do processo, se tornará o quinto álbum da carreira de Sérgio Britto, no formato solo e contará com 12 faixas.

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Para se adequar à “modernidade”, Britto retoma a era dos singles, já existente há muitos e muitos anos, quando eram lançadas apenas duas músicas, nos famosos “lado A” e “lado B”, em discos de 78 rotações. Agora, no digital, ele retoma esta ideia, com o lançamento de duas músicas por vez, considerando uma o “lado A” e a outra, o “lado B”.
Os dois primeiros singles do projeto foram lançados no dia 6 de novembro de 2020.

O primeiro deles, “Epifania”, homônimo ao novo trabalho, é uma melodiosa balada composta por Britto ao piano, no estilo de canções como “Epitáfio” (2001), sucesso dos Titãs. Além disso, lançou “Tradição”, composição de Britto e Paulo Miklos, lançada em disco em 2019, na voz de Elza Soares – em gravação feita para o último álbum da cantora, “Planeta fome”.

A carreira de Sérgio Britto: sequência do projeto “Epifania

Dando continuidade às canções já lançadas, no último dia 19 de março, foram disponibilizados os singles “O Tempo das Palavras” e “Se Agora For Tarde”, que também integrarão o álbum “Epifania”. O primeiro, aliás, contou com a participação mais que especial da cantora baiana Margareth Menezes.

O próprio Sérgio Britto fala o que estas canções pretenderam passar ao público. “’O Tempo Das Palavras’ é uma reflexão ou talvez uma constatação do que temos vivido recentemente. A constatação de que vivemos em um tempo dominado pela retórica vazia e a agressividade irracional e gratuita.

Vivemos um tempo em que é cada vez mais necessário esquecer diferenças e mágoas para que seja possível reconstruir pontes para enfrentar os desafios que vivemos, com trabalho, respeito ao próximo, à natureza e aos limites que a circunstâncias nos impõem”.

Já quanto à segunda faixa, Britto finaliza. “’Se Agora For Tarde’ é uma canção POP de amor. Do ponto de vista musical é um “blend” entre POP, Bossa Nova e até mesmo Reggae.

Então, para acompanhar as quatro músicas já disponibilizadas por Sérgio Britto, clique no nome de cada uma delas: Epifania, Tradição, Se Agora For Tarde e O Tempo das Palavras.

Marcos Aurélio

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