A música mineira ganha mais luz com o Grupo DoContra na Sala Minas gerais

De olhos fechados, o Grupo DoContra me encontra, perdida e mergulhada no mar poético, que é a música mineira. E na intensidade e emoção que é e que chega a voz de Neto Bellotto.

Esse brilhante espetáculo aconteceu, pela primeira vez na Sala Minas gerais, na noite do último sábado (8). E contou com a luxuosa participação de Toninho Horta na interpretação de três músicas de sua autoria.

O concerto trouxe muitos momentos de emoção, onde fui literalmente às lágrimas.

Aqui eu conto tudo para você, mas já recomendo ler minhas humildes linhas e assistir ao espetáculo na primeira oportunidade.

Caçador de Mim abriu o espetáculo, composta por Luís Carlos Sá e Sérgio Magrão, a música é um sucesso na voz de Neto Bellotto e já mexeu com as minhas emoções ainda nos primeiros acordes.

“Por tanto amor

Por tanta emoção”

As cordas do DoContra e a voz de Neto Bellotto me fizeram assim.

“Doce ou atroz

Manso ou feroz”

DoContra é o que amo sim!

Neto Bellotto cantou lindamente Caçador de Mim e só para registrar parte da minha emoção, a cada vez que sua voz refletia nos meus ouvidos, os meus dedos tremiam de ansiedade, para escrever sobre essa maravilha para você.

Neto Bellotto falou da alegria que é cantar com o Grupo na Sala Minas gerais, eu senti essa alegria refletida na sua voz. A cada verso cantado ele emocionava o público de maneira difícil de explicar com palavras. Eu ouvia suspiros na plateia, era para pegar um fôlego, que a voz marcante de Neto nos tomava.

Toda história tem um começo, toda música emociona com o Grupo DoContra!

A música Clube da Esquina, composta por Milton Nascimento, Lô e Márcio Borges, é o que registra o início da nossa paixão mineira. Assim como Gilberto Paganini, dono da viola do Grupo, Neto Bellotto, no violão e no vocal, todo mundo que ali estava ama a nossa Esquina tão famosa, o nosso Clube tão querido.

Clube da Esquina retrata os próprios membros do Clube. Enquanto o Neto cantava, eu fechei os olhos e ali via tudo o que acontecia 50 anos atrás, imaginava tudo o que foi vivido.

Ali, o público já estava envolvido, com a música mineira, com o Grupo DoContra e com a voz de Neto Bellotto.

O momento seguinte, nós nos sentimos não só envolvidos, como também acolhidos. Neto Bellotto nos convida para assistir também há um espetáculo da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e diz que todos os momentos ali são únicos, que aquele espaço, a sala Minas Gerais, é de todos nós!

Para mim, tudo que acontece no palco se completa. As velas, as cordas, o talento de todos com os instrumentos e principalmente a emoção que Neto Bellotto imposta em sua voz, tem tudo a ver com a música mineira.

É lindo de ver, ouvir e sentir toda a admiração que Neto Bellotto tem por cada compositor mineiro. E o mais legal disso tudo, é que ele muito aprendeu e aprende com todos esses artistas, tanto na música, que ensina muito para todos nós, como a tocar os instrumentos.

Não foi diferente quando ele convidou o Toninho Horta a subir ao palco, ele aprecia demais a música de Toninho e tudo o que Toninho o ensinou.

Eu concordo com tudo que o mestre das cordas disse, afinal Toninho horta merece todo o nosso apreço.

A música que recebeu Toninho Horta no palco foi Céu de Brasília, composta por ele e por Fernando Brant (1946 – 2015). Nesse momento, eu já nem sabia mais o que dizer da música, dos instrumentos, da melodia. Imagina só a emoção de assistir a um espetáculo tão lindo como esse e ainda com a presença de um membro do Clube da Esquina no palco, eu me permiti, eu chorei!

Foi emoção pura também, quando as vozes de Toninho Horta e Neto Bellotto se encontraram, nesse momento eu senti um abraço sonoro. Tudo ali aqueceu e mexeu ainda mais com as minhas emoções! Choro por lembrar, enquanto relato nestas linhas poéticas!

Beijo Partido, composta também pelo Toninho Horta, partiu meu coração!

Esta Toninho cantou sozinho no palco. Eu imagino a emoção dos membros do Grupo, por assistir esse momento, para mim, que estava ali na plateia, foi incrível. Eu fechei os olhos e viajei na letra da música e no timbre de Toninho Horta. Agradeci a Deus pela oportunidade de estar ali, de participar de um momento tão especial para todos do Grupo e consequentemente para mim e todos presentes.

Manoel O Audaz, é mais uma parceria de Toninho Horta com Fernando Brant. A música por si só já é incrível e faz parte de uma viagem meio louca. E os arranjos ganhados pelo Grupo DoContra não se explica, é simplesmente de arrepiar, somados aos timbres de Toninho Horta e Neto Bellotto, ficou ainda mais única e especial.

Eu gosto de jipe, mas confesso para você que prefiro música!

Amo tanto música, que estarei presente no concerto, talvez o mais esperado por mim durante o ano todo, que se realizará em dezembro, também na Sala Minas Gerais. Será um espetáculo maravilhoso, para comemorar os 50 anos de carreira e 70 de vida de Lô Borges. Músico que é, para todos nós, um exemplo de talento, melodia e poesia.

O conserto inédito leva para o palco da sala Minas Gerais o Lô Borges, o Grupo DoContra e a Orquestra Filarmônica de Minas gerais. Nós esperamos você por lá para viver esse momento com a gente e depois conferir aqui nas minhas linhas, mais um relato de emoção.

Foi uma alegria imensa saber que um dos mestres da nossa Esquina estava ali no meio da plateia assistindo a esse espetáculo maravilhoso junto de nós. Eu me emocionei em saber que Lô Borges estava ali presente e me arrepiei com as palmas da plateia, imagino que a sensação dos artistas que lá no palco estavam, foi maior ainda!

A próxima música que o Grupo DoContra nos apresentou é muito especial para mim. O Trem azul, de Lô Borges e Ronaldo Bastos, fala de vida. E como não falar de vida, não querer mais vida, com essa potência de voz e emoção que Neto Bellotto carrega.

Com o grupo DoContra, eu pego o trem azul,, tomo o sol na cabeça e vou para onde a música me levar!

A próxima música foi A Miragem, de Marcus Viana, acho que eu faria uma resenha só desse momento, mas como eu estou aqui para falar de um espetáculo inteiro, vou tentar resumir em algumas linhas.

Primeiro vou falar do arranjo, que arranjo meus amigos! Eu já me emocionei e fiquei com o coração acelerado nas primeiras notas, a melodia do Grupo DoContra trouxe para a música uma emoção que a deixou ainda mais bela. Sei que se eu disser que chorei, você vai falar que sou repetitiva, então: eu sorri com os olhos e as lágrimas de alegria e emoção daquele momento, caíam descontroladamente.

E a voz de Neto Bellotto nesta canção, é amor puro!

Somente por amor alguém consegue transmitir tanta emoção. Com o mestre das cordas é assim, ele tem um coração na garganta e, da sua voz, sai paixão!

Depois de tudo que eu contei para você, tudo o que a gente viveu na Sala Minas gerais, Neto Bellotto teve a humildade gigantesca de perguntar se estávamos gostando. Eu sorri, aplaudi muito e pensei alto o suficiente para quem estava do meu lado ouvir: EU AMEI!

Sabe quando o show é maravilhoso? Então, esse foi umas mil vezes mais!

Em um momento bem intimista, Neto Bellotto estava sozinho no palco, porém de forma tão acolhedora, que parecia que todos nós da plateia estávamos no palco com ele.

O mestre das cordas e o seu violão, nos trouxe mais emoção, cantando Dínamo, de Lô Borges.

“Ao longo dessa trajetória

Ficamos cada vez mais próximos

Você contou a sua história

A sua história

Eu anotei cada detalhe mínimo

E trago tudo na memória”

Porque sua voz é o ímã do meu dínamo

Um Girassol da Cor do Seu Cabelo e uma emoção do tamanho do talento de Neto Bellotto ao lado do seu violão.

E se eu chorar não pare de cantar não,

É só poesia,

Eu preciso dessa melodia!

Nesse momento, com uma suíte dividida em três partes, o Grupo DoContra homenageou a música mineira, usando elementos e referências a Lô Borges, Toninho Horta, Marcus Viana e todos esses mestres, que tanto admiramos.

Foi muito lindo, quando pude ouvir o som da emoção nos suspiros de cada um.

Com todo o Grupo no palco, agora foi a vez de Nascente, de Flávio Venturini e Murilo Antunes.

A música foi recebida pelo público com muitos aplausos! Com arranjo impecável e melodia emocionante, a voz de Neto Bellotto veio não só para somar talentos mas sim para multiplicar emoções.

“foi assim como ver o mar”

Sabe aquela sensação boa de quando você está de frente para o mar, pronto para a mãe natureza lavar tudo de ruim e trazer só coisas boas para a vida e para o coração?

Foi assim como ouvir o u Grupo DoContra!

O arranjo de todo azul do mar, composta por Flávio Venturini, ganhou sintonia e conexão com a voz de Neto Bellotto de forma sublime!

Com cada acorde se encontrando aos versos e formando um som esplêndido, assim como ver o mar!

Outra música apresentada neste espetáculo maravilhoso foi Como Um Machado, de Lô Borges, que faz parte daquele disco do tênis lançado por Lô em 1972 e que carrega o nome do artista.

neto Bellotto disse que este é o seu segundo disco preferido, a quem interessar possa, o meu primeiro disco preferido ainda será lançado e carrega muita música mineira.

Travessia de Milton Nascimento é uma daquelas músicas que você sabe qual é nas primeiras notas.

Cantar Milton Nascimento não é fácil, mas Neto Bellotto apresenta e representa uma versão no palco que vai além do já descrito por aqui. Ele se supera na emoção e sinto que vai além da entrega.

Márcio Borges já nos ensinou na poesia de Clube da Esquina II, que sonhos não envelhecem!

Então eu vou sonhar muito e sempre realizar que este espetáculo alcance todos os apaixonados pela música mineira, é uma emoção e mistura de sentimentos, que merece ir além, merece o mundo!

Clube da Esquina II foi composta por Milton Nascimento, Lô e Márcio Borges e ganhou arranjos especiais do Grupo DoContra.

A interpretação de Neto Bellotto é um capítulo à parte. Com sentimento na voz ele incentiva o público a cantar junto, trazendo ainda mais brilho e emoção para uma música tão significativa para todos nós.

Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor foi a última música apresentada na noite. Composta por Lô e Márcio Borges, é uma das músicas que mais me emociona.

Com o Grupo DoContra não foi diferente!

O público aplaudia e cantava junto, foi como se tivesse um show no palco e outro na plateia, criando uma atmosfera sonora apaixonante!

Os arranjos do Grupo, a voz de Neto Bellotto, a plateia cantando junto, me emocionou de tal maneira, que chorei no espetáculo e choro para escrever!

O Grupo DoContra e a emoção que ele me traz, quer dizer amor! E muito amor!

Marcos Aurélio

2 comentários sobre “A música mineira ganha mais luz com o Grupo DoContra na Sala Minas gerais

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