Exclusivo: Lô Borges dá spoiler de filme sobre carreira e fala de álbum produzido na viola caipira
O cantor e compositor mineiro Lô Borges não para! Após lançar o quinto disco de inéditas, em cinco anos, o artista afirma, em entrevista exclusiva ao Versos e Prosas, que terá um 2023 bastante agitado.
Na conversa que tivemos com ele, vários assuntos foram tratados, sendo alguns deles, de forma inédita. Dentre seus projetos para este ano, Lô Borges sairá em turnê com o show homônimo ao álbum recém-lançado, Não Me Espere na Estação, lançará o DVD da apresentação histórica que fez, em Belo Horizonte (MG), no ano passado, junto à Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, além de circular o país, em turnê com a orquestra. Além disso, o artista vai disponibilizar, ao público, um filme, contando sua trajetória de mais de 50 anos na música, como um dos líderes do movimento vanguardista Clube da Esquina, ao lado de nomes como Milton Nascimento, Beto Guedes, Fernando Brant, Márcio Borges, Ronaldo Bastos, dentre tantos outros.
Confira os detalhes, na sequência.
O show histórico junto à Filarmônica de Minas Gerais
Lô Borges, que comemorou 50 anos de carreira ano passado, bem como o meio século de dois álbuns emblemáticos do início de sua vitoriosa trajetória na música (Clube da Esquina e Disco do Tênis), voltou a sentir uma emoção diferente no fim do ano passado: cantar, pela primeira vez, na Sala Minas Gerais, ao lado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e do Grupo DoContra, que deram um passeio por toda a sua carreira, em um concerto recheado de emoção.
O artista comentou sobre a experiência única, com o Versos e Prosas:
“Eu fiz um concerto, com a Filarmônica de Minas Gerais, 21 e 22 de dezembro de 2022, um concerto histórico, eu nunca havia trabalhado com 70 músicos e ficou uma coisa maravilhosa”, iniciou Lô, que adiantou novidades para este ano.
“O show que eu fiz com a Filarmônica, na Sala Minas Gerais, com 70 músicos, é o primeiro show que a Filarmônica fez de música popular, eles só fazem música erudita, e eu tive o privilégio de ser convidado para um show com eles, do meu repertório, um show autoral. E foram maravilhosas, as duas noites, e esse show vai virar um DVD. E vai ter réplica: a gente vai fazer esse show com orquestra, no Brasil e fora do Brasil também, a gente vai fazer esse show com a orquestra”, adianta Lô Borges, ao Versos e Prosas.
O álbum produzido na viola caipira
Ao comentar, com o Versos e Prosas, sobre seu mais recente lançamento, o álbum Não Me Espere na Estação, Lô Borges, que se define como “um compositor compulsivo”, aproveitou para dar mais um spoiler.
Quando falou sobre seu processo de composição do disco, este feito na guitarra, o artista mineiro aproveitou para adiantar:
Para você ter ideia, em um mês, eu já tinha as dez, sendo que, dois meses antes, eu já tinha feito dez, em um outro instrumento, que era a viola caipira, que eu não lancei ainda. Então, essa agilidade que eu tenho para compor, é uma coisa que eu tenho desde que comecei minha carreira, e que perdura até hoje. Eu, com 71 anos, componho como se estivesse começando a minha carreira, sempre!”, destaca Lô Borges.
Apesar de ainda não querer dar muitos detalhes sobre mais este álbum de inéditas, agora produzido na viola caipira que vem aí, Lô Borges já adiantou seu parceiro de composição. E um velho conhecido, aliás, mais do que conhecido do artista:
“Já tenho, é o Márcio Borges, outra vez, mais um do Márcio Borges”, adianta ele, que complementa.
“Ele já está em fase de finalização, já está tudo muito próximo de a gente dar ok, para finalizar esse disco composto na viola caipira”, diz.
O filme sobre a carreira de Lô Borges
O cantor e compositor mineiro ainda falou, ao Versos e Prosas, sobre um projeto, iniciado antes da pandemia da Covid-19, e que, neste 2023, será levado ao ar: um filme contando sobre os 50 anos de carreira de Lô Borges. A produção do documentário está a cargo da Bananeira Filmes.
Lô Borges dá mais detalhes: “Vou estar lançando um filme, que a Bananeira Filmes, desde a época da turnê do Disco do Tênis, uma amiga minha, que é uma das maiores produtoras de cinema brasileiro, falou: ‘Eu quero fazer um filme com essa história sua na música, que é muito legal’. Aí, teve a pandemia, teve o governo, que não facilitava a cultura, que desmantelou a cultura, então parou um pouco. E, agora, o filme voltou e vai ser lançado esse ano. O filme chama Toda Essa Água”.
Vale lembrar que Toda Essa Água é uma das 15 faixas do Disco do Tênis, lançado por Lô Borges pouco tempo depois do icônico álbum Clube da Esquina.