Ângela Castro lança o EP Caleidoscópica e comenta sobre sua construção
O EP Caleidoscópica, da cantora e compositora Ângela Castro, já está disponível em todos os tocadores de áudio digitais, desde esta sexta-feira (1).
O projeto conta com cinco faixas e apresenta parceria da artista com nomes como Gabriel Souto, Khrystal e Ricardo Baya.
Ângela Castro conversou com o Versos e Prosas e nos contou um pouco mais sobre estas parcerias, sua expectativa para o novo trabalho e suas referências na música.
Confira os detalhes do EP Caleidoscópica, da cantora e compositora Ângela Castro, a seguir.
A trajetória de Ângela Castro
Ângela Castro traz na bagagem 20 anos de estrada musical como cantora, compositora e instrumentista. A artista tem passagens por diversos projetos que marcaram a cena artística do Rio Grande do Norte, com destaque para as bandas Rosa de Pedra, Bando das Brenha, Orquestra Greiosa e o projeto Retrovisor.
Em 2018, a cantora lançou o álbum Ângela Castro & Buena Onda, inspirada na MPB dos anos 70 e com influências de dub, afrobeat, rock e música eletrônica.
Em seu novo trabalho, o EP Caleidoscópica, a artista aprofunda ainda mais essa pesquisa musical, e apresenta parcerias com Khrystal, Priscilla Villela, Ricardo Baya e Gabriel Souto e participações de Carlos Tupy, Tiquinha Rodrigues, Priscilla Vilela e Alice Vilela.
O EP Caleidoscópica e as parcerias de Ângela Castro
Caleidoscópica, o novo EP da cantora e compositora Ângela Castro, já está disponível nas principais plataformas de streaming, desde esta sexta-feira (1). Com cinco faixas, o trabalho amplia ainda mais a pesquisa da artista, que acrescenta a sonoridade dos beats eletrônicos ao seu repertório poético e musical. Gabriel Souto (DuSouto, Luisa & Os Alquimistas) assina a produção do EP, que foi viabilizado com recursos da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte.
Na entrevista a seguir, concedida ao Versos e Prosas, Ângela Castro revela o processo de composição do EP, e conta mais sobre as participações e parcerias que marcam o trabalho. Confira:
Como você situa este trabalho na sua trajetória e na sua pesquisa musical?
No EP Caleidoscópica me permiti à metamorfose , experimentando e encontrando novos lugares sonoros apresentados pelo produtor musical Gabriel Souto, e junto à uma equipe linda, chegamos nesse resultado.
Como foi a parceria com Gabriel Souto na produção deste trabalho? Que ideias e referências você mostrou a ele, e vice-versa?
Foi muito intensa. Quando o chamei pra fazer o EP queria a identidade sonora dele impressa em cada uma das composições que eu trazia. E assim foi acontecendo em cada uma das faixas. A gente encontrava um caminho, aí ele seguia levando pro universo sonoro dos beats, programações eletrônicas e sintetizadores. E quando eu via já estava tudo lindo, e eu colaborava com alguns detalhes. Gabriel também gravou alguns instrumentos na gravação. E também tive algumas participações muito especiais no EP. Em “Senhora” , Carlos Tupy arrasou na guitarra solo. Em “Todas Elas” , Tiquinha Rodrigues traz o violino e complementa o coro junto a minha esposa, Priscila Vilela, e nossa filha Alice, que também recita o texto.
O EP tem composições suas em parceria com outros compositores, como Khrystal em “Patuás, Fé e Orixás”, e com Ricardo Baya, em “Senhora”. Como rolaram esses encontros?
“Senhora” é uma composição em parceria com Ricardo Baya, feita no tempo em que tocávamos num projeto de forró. Surgiu como um xote falando sobre um amor entre duas mulheres, que é ato político só por existir. A canção foi inspirada pelo início do relacionamento com minha esposa. A parceria com Khrystal aconteceu através do WhatsApp, quando enviei para ela um início de canção que refletia sobre a saudade em tempos de clausura. E ela, lindamente, complementou a letra e música trazendo um sentido de esperança por melhores dias. Já “Querendo Paz” foi uma nova experiência. Gabriel Souto produziu um beat com melodia e me deu pra colocar a letra em cima. E num dia de gravação, como um grito incontido, ela surgiu. “Todas Elas”, parceria com Priscilla Vilela, surgiu a partir de momentos de encantamento, diálogos e reflexões relativo àquelas que vieram antes de nós, e como tudo isso nos atravessa e fortalece nos dias de hoje.
Pensando na sua trajetória, e nos diferentes projetos dos quais você participou, o título do EP se torna bem significativo. Para você, o que significa ser uma artista caleidoscópica?
Significa me permitir transitar em novas possibilidades sonoras, movimentando os fragmentos da minha essência, seja na forma de compor , na interpretação ou no assunto abordado pelas letras das músicas. Confira outros lançamentos conosco.
Apesar da roupagem moderna, o EP traz muitas referências à cultura popular e aos saberes ancestrais. Como esses dois lados convivem no seu trabalho?
De forma honesta e harmônica equilibrando minhas referências sonoras e culturais às referências do produtor musical Gabriel Souto.
Após acompanhar a entrevista com a cantora e compositora Ângela Castro, corra para seu aplicativo de áudio e confira as cinco faixas do EP Caleidoscópica.