Rodrigo Borges curte de Clube da Esquina a samba enredo
O cantor e compositor Rodrigo Borges, membro da chamada nova geração do Clube da Esquina, é o convidado do especial de hoje, que aborda o outro lado musical do artista.
Rodrigo, que é filho de Marilton Borges, e sobrinho de Márcio e Lô Borges, afirma ter um gosto musical bastante eclético. Ele ouve de tudo um pouco, dependendo do momento e da circunstância. Apesar disso, ele deixou claro sua admiração por artistas mineiros, companheiros de jornada, que ele adora curtir, especialmente em uma rádio de BH, que só toca MPB e, não à toa, é conhecida como a Brasileiríssima.
Rodrigo Borges é cantor e compositor, membro da chamada nova geração do Clube da Esquina, movimento com o qual toda sua família esteve envolvida como idealizadora, inclusive seus tios Lô Borges e Márcio Borges, além do pai, Marilton Borges.
Depois de lançar seu primeiro álbum, Qualquer Palavra, com participações de Lenine, Lô Borges e o saxofonista carioca Marcelo Martins, gravou em 2015 o DVD homônimo, num show que reuniu no palco, em Belo Horizonte, nomes como Daniel Jobim, Lô Borges e Milton Nascimento, junto com a banda formada por Marilton Borges, Beto Lopes, Wilson Lopes, Lincoln Cheib e Chico Amaral.
Em 2019, Rodrigo Borges lançou seu segundo álbum, Assim Que a Vida Quiser, com participação especial de Mart’nália, do tecladista Jason Lindner (que gravou com David Bowie o disco Blackstar), Maurício Tizumba, Toninho Horta, Play Gerson, Josi Lopes e Otto.
E é Rodrigo Borges que participa, do especial do Versos e Prosas, que aborda o outro lado musical do artista. O que será que Rodrigo costuma ouvir, fora do horário de trabalho? E o que será que ele curte, em momentos de descontração com seus amigos ou familiares? E no chuveiro: o que Rodrigo Borges cantaria, enquanto toma aquele banho relaxante?
Rodrigo Borges deixou bem claro seu gosto musical bastante variado, ao falar sobre o que costuma ouvir: “Meu gosto é muito eclético, né? Eu escuto de tudo, eu gosto de ser surpreendido pelas novidades do dia aqui do Spotify, mas assim, ultimamente eu tenho ouvido bastante samba, minha querida amiga Mart’nália. Eu tenho ouvido também a nova versão de luxo, a nova masterização de Let It Be do dos Beatles, por causa do filme, do documentário do Peter Jackson (Get back), que eu fiquei encantado. Tenho escutado também Steve Wonder, aqueles discos dos anos setenta, e outros, ali que são geniais. E é isso, tenho um gosto bastante eclético”, afirma o sobrinho de Márcio e Lô Borges.
Ao comentar sobre o que ouve em uma festa descontraída com os amigos, Rodrigo Borges afirmou que o ritmo depende muito do tipo de evento. Ele citou desde nomes clássicos da MPB, até um sambinha enredo, se o clima estiver um pouco mais animado. “Depende da festa, do perfil da festa. Se é uma festa com poucas pessoas, e um encontro, Na casa de alguém para bater um papo, tomar uma cervejinha, então, acho que a playlist terá muita MPB de todos os tempos, De Clube da Esquina a Marina Sena, passando por Novos Baianos, por Gil e Caetano, escuto muito Gil e Caetano também, Chico, Tom. Essa turma que é da geração do meu pai, que me formou, mas também artistas aqui da nova geração, sobretudo de Minas. E se a festa for mais badalada, é música pra dançar, desde Pharrell Williams, até Kool & The Gang, James Brown, ou o próprio Steve Wonder que eu falei, Michael Jackson, pra dançar. Até samba enredo (risos), quando todo mundo tiver bêbado já, aí rola um samba enredo”, detalhou Rodrigo. Confira outras matérias especiais como esta conosco.
Ao falar sobre o que costuma ouvir em um churrasco com os amigos, Rodrigo Borges mais uma vez destacou seu gosto musical variado, mas não abriu mão de um bom sambinha, para animar o churrasco. “Eu acho que a playlist vai de clube da esquina, de Milton. Eh eu acho que jazz também vai bem, ouvir um pouco de Miles Davis, um pouco de Weather Report e também umas coisas norte-americanas, assim numa levada country que eu tenho escutado, Crosby, Stills, Nash & Young. Aqueles arranjos de vocais com violão, isso é bem legal, são coisas um pouco mais tranquilas, mas pra curtir a família, vai bem. É o que eu estava dizendo no início, eu não tenho muito uma previsão do que escutar. Eu acho que pra todas essas respostas, Eu acho que o mais adequado seria dizer que é sempre uma surpresa. Tanto em festa com amigos, tanto em casa. Assim, minha playlist nunca repete”, destacou ele, que prosseguiu:
“É claro, pensando em um churrasco com a família, eu esqueci dessa variável importante que é um churrasco, o que cabe em churrasco é samba, né? É Martinho da Vila, João Nogueira, Mart’nália, é Samba enredo, Beth Carvalho. Acho que Marku Ribas também, samba rock. Eu acho que a levada do churrasco é samba, mas festa em família tem aquelas outras coisas que eu falei também”, reforçou o artista mineiro.
Rodrigo Borges seguiu na mesma toada, quando comentou sobre o que costuma tocar ao violão, naquele encontro pra lá de especial com os amigos: “Tudo que vier a cabeça, dependendo do grau etílico, né? Acho que esse é um dos baratos de ser músico e de ter uma formação como a que eu tive. De tocar em baile, de tocar em casamento, de tocar em bar, de tocar em tudo. Então, o repertório é muito extenso. Então, não tem uma música específica pros amigos, eu acho que isso é diversão, músicas que nos divirtam e o que der na telha ali, que pode ir desde Clube da Esquina, Beatles, até samba, rock, na verdade, o que pintar, o que as pessoas pedirem também, se a gente souber, a gente toca. E aí é bem variado mesmo”, destaca Rodrigo.
Ao responder sobre o que ouve no caro, Rodrigo Borges deu destaque aos artistas mineiros, muitos deles, seus companheiros de jornada. Para isso, ele opta por acompanhar uma rádio de Belo Horizonte que só toca a nossa Música Popular Brasileira e que, não por acaso, é conhecida como a Brasileiríssima. A emissora dá destaque a muitos jovens cantores e compositores, que ainda buscam um lugar ao sol, no cenário musical brasileiro: “Eu escuto no carro é basicamente a programação da Rádio Inconfidência, que privilegia muitos artistas mineiros, então tem Roger Deff, tem Vander Lee, Tem Marina Sena, tem Graviola e o Lixo Polifônico, que mais. Ué, todo mundo daqui, amigos e amigas da música mineira, que é uma cena incrível, então eu acho que pro carro o ideal pra mim é ouvir Inconfidência e ficar curtindo a programação, quando surgem também músicas de amigas e de amigos”, valoriza ele.
Quando perguntado sobre o que costuma cantar no chuveiro, enquanto toma aquele banho relaxante, Rodrigo Borges preferiu não cravar uma canção. Segundo ele, depende do que está em sua cabeça naquele momento: “Na verdade, a música do dia, a novidade do dia. Às vezes, eu cismo com uma música. Então, realmente, eu cismo com uma música na semana, ou no dia, e essa música me acompanha na cabeça e na garganta, o dia inteiro”, finaliza.
Rodrigo Borges, é claro, também montou sua playlist para o Versos e Prosas, com as músicas que mais escuta. Confira e comente conosco o que achou da seleção do cantor e compositor mineiro.