Ana Cañas Canta Belchior chega com 14 releituras de músico cearense
O álbum Ana Cañas Canta Belchior, em que a artista paulistana apresenta releituras de 14 canções do músico cearense, já está disponível em todas as plataformas de streaming, desde esta quarta-feira (20).
Ana Cañas Canta Belchior foi apresentado ao público, aos poucos, com a liberação de singles que iriam compor o mais novo trabalho de Cañas, que possui 14 faixas, de grandes clássicos de Belchior, bem como algumas chamadas Lado B do artista.
Ana Cañas Canta Belchior surgiu após uma aclamada live em que a cantora e compositora interpretou canções de Belchior, obtendo mais de meio milhão de visualizações e pedidos dos fãs para que o trabalho não ficasse apenas na apresentação ao vivo.
Saiba tudo sobre Ana Cañas Canta Belchior, com o Versos e Prosas, em que a cantora e compositora paulistana faz releituras, pra lá de especiais, de 14 músicas do cantor e compositor cearense, Antônio Carlos Belchior.
Novo álbum de Ana Cañas chega após lançamento de singles
O álbum Ana Cañas Canta Belchior já está disponível, desde esta quarta-feira (20), em todas as plataformas digitais de áudio. O novo disco da artista paulistana, em que Cañas apresenta releituras bastante especiais de canções do cearense Antônio Carlos Belchior (26 de outubro de 1946 – 30 de abril de 2017), traz 14 músicas compostas pelo cearense, tanto clássicos de sua obra, como os chamados Lado B.
Antes de chegar por completo ao mercado, Ana Cañas Canta Belchior foi apresentado, aos poucos, pela artista, aos fãs. Primeiro, Ana Cañas liberou o single Coração Selvagem (1977), no dia 21 de maio, quando ela anunciou que gravaria um disco em homenagem ao cantor e compositor cearense. Confira mais detalhes da canção com o Versos e Prosas.
Na sequência, Ana Cañas anunciou dois EPS, cada um com mais quatro canções compostas por Antônio Carlos Belchior. O primeiro trazia as canções Na Hora do Almoço (1971), Alucinação (1976), Galos, Noites e Quintais (1976) e Velha Roupa Colorida (1976). Este primeiro EP foi lançado em 9 de julho.
Por sua vez, o segundo EP, com mais quatro músicas de Belchior, na releitura de Ana Cañas, foi liberado no dia 20 de agosto, com as canções A Palo Seco (1973), Sujeito de Sorte (1976), Divina Comédia Humana (1978) e Comentário a Respeito de John (1979). Confira os detalhes.
Ana Cañas Canta Belchior possui clássicos e lados B
Ana Cañas já abre o disco com Coração Selvagem, deixando claro que força e feminilidade são elementos que sobressaem neste projeto. Outros grandes sucessos do cearense como Sujeito de Sorte, Paralelas, Alucinação, Velha Roupa Colorida e Como Nossos Pais também ganharam o jeito especial de Ana, que com este projeto mostra porque é uma das intérpretes mais interessantes da Música Popular Brasileira.
Há também, releituras de músicas mais lado B de Belchior, como Na Hora do Almoço, Medo de Avião e Galos, Noites e Quintais. Os arranjos produzidos pela própria artista e por Fabá Jimenez são minimalistas e impactantes. “Acho que o fato de ter poucos elementos acaba por ressaltar a voz, a interpretação. E esse foi o desafio. As músicas versam geralmente sobre paixão, catarse e reflexão social. Exige uma compreensão ampla das camadas do coletivo e suas intersecções. Apesar de muitas metáforas e poesia, também traz uma literatura direta e acessível. É um universo bastante complexo e há que se despir para mergulhar nele”, analisa Ana Cañas.
Como surgiu a ideia do álbum?
E o pulo de cabeça da artista no oceano de Belchior começou há dois anos. Uma live despretensiosa com esse repertório resultou em mais de meio milhão de plays no YouTube e os fãs imploraram para o registro das gravações em estúdio. O momento era complicado, a grana curta, mas o próprio público de Ana se uniu para financiar este disco, que chega agora ao mercado.
Toda a história deste projeto é mesmo especial, assim como o resultado. “Sinto que uma voz feminina relendo um clássico da música popular brasileira é como um portal. Novos sentimentos e olhares. Cresci ouvindo Elis, Gal e Bethânia fazendo isso como ninguém e redirecionando músicas (escritas geralmente por homens) em versões definitivas. Porque mulheres têm um abismo singular, conhecem cerceamento e opressão de forma única e isso é traduzido no canto com uma força peculiar”, defende a intérprete.
E a visceralidade deste disco ganhou registro e se transformaram em 14 visualizers dirigidos por Ariela Bueno. “A ideia é trazer uma espécie de disco visual e aproximar o público do making of, para que as pessoas possam conhecer os meandros das gravações e bastidores do projeto. “O de “Como Nossos Pais”, por exemplo é o real take do disco, algo muito raro de conseguir e calhou de a diretora estar dentro na cabine de gravação quando fiz o take que escolhemos para o disco. Ele é bastante especial”, opina Cañas.
Ana Cañas Canta Belchior foi gravado no estúdio Da Pá Virada, na cidade de São Paulo, com os toques dos músicos Adriano Grineberg (teclados e órgão Hammond), Fabá Gimenez (violão e guitarra), Fábio Sá (baixo) e Thiago Big Rabello (bateria).
O disco chega ao mercado através do selo da artista, Guela Records, com distribuição da Believe.
Para acompanhar, faixa a faixa, do álbum “Ana Cañas Canta Belchior”, basta escolher sua plataforma de áudio. Agora, para conferir as visualizers de cada canção, acesse o canal da artista paulistana no Youtube.