Vitor Ramil lança álbum baseado em poemas de Angélica Freitas

O álbum Avenida Angelica, do cantor e compositor gaúcho Vitor Ramil, já está disponível, em todos os aplicativos de áudio, desde esta quinta-feira (7).

As músicas que compõem o mais recente disco de Ramil foram baseadas em poemas da escritora gaúcha e conterrânea de Vitor, de Pelotas (RS), Angélica Freitas. As canções foram retiradas de dois livros da poetisa gaúcha: “Rilke Shake” (2007) e “Um útero é do tamanho de um punho” (2013).

O disco, que possui 18 faixas, sendo 17 cantadas por Ramil e uma declamada pela própria autora, Angélica Freitas, foram gravadas nos dias 7 e 8 de agosto de 2021, no vazio Theatro Sete de Abril, na terra natal dos artistas, Pelotas.

Confira os detalhes do álbum Avenida Angélica, de Vitor Ramil, a seguir, com o Versos e Prosas.

Vitor Ramil e as inspirações na poesia de Angélica Freitas

O álbum Avenida Angélica, do cantor e compositor Vitor Ramil, já está disponível, desde esta quinta-feira (7), em todos os aplicativos de áudio.

As músicas que compõem o mais recente disco de Ramil foram baseadas em poemas da escritora gaúcha e conterrânea de Vitor, de Pelotas (RS), Angélica Freitas. As canções foram retiradas de dois livros da poetisa gaúcha: “Rilke Shake” (2007) e “Um útero é do tamanho de um punho” (2013).

Rilke Shake, aliás, é o nome da canção que abre o disco e já foi previamente lançada em forma de single, dando o tom do que viria a ser o álbum como um todo.

Vitor Ramil cita o cineasta francês Jean-Luc Godard, que dizia que uma obra de arte tem que correr riscos, pois, caso contrário, não tem valor. Ele também menciona uma história da cantora canadense Joni Mitchell, que, depois de se queixar que errava muito ao piano, pois não entendia o instrumento, ouviu um “siga o erro” como conselho de um músico. É nesses dois casos, sobre correr riscos e errar, que o músico pelotense se inspira para divulgar Avenida Angélica, o seu mais recente disco de inéditas.

Avenida Angélica tem 18 faixas, sendo 17 delas interpretadas por Ramil e uma declamada pela própria Angélica Freitas. O disco foi gravado em duas noites, nos dias 7 e 8 de agosto, no Theatro Sete de Abril, totalmente vazio.

Além da precaução pela pandemia da Covid-19, o teatro passa por obras desde 2010. Vitor Ramil explica o processo de gravação e os riscos que correu:

“Em Avenida Angélica, gravado em duas noites, 7 e 8 de agosto de 2021, no canteiro das obras de restauro do histórico Theatro Sete de Abril, em Pelotas, realizado depois de vários adiamentos em função da pandemia de Covid-19, corri riscos e segui os ‘erros’. Não que isso já não fosse quase um hábito, do processo de composição às apresentações ao vivo, mas nunca as circunstâncias foram tão favoráveis”, iniciou ele.

Ramil continuou relatando o que o esperava, antes das gravações: “Para o fim de semana anterior às gravações era esperado o maior frio de todos os tempos. Falava-se em 10º negativos para os “sobreviventes”, como dizia o Barão de Itararé, ao se referir ao moradores do Rio Grande do Sul. Achávamos que poderíamos sobreviver ao vírus, mas não éramos tão positivos quanto ao clima. Felizmente as previsões mostraram-se exageradas, o que não quer dizer que os dias de gravação tenham sido mais amistosos. Encaramos um frio não mortal e uma umidade poucas vezes vista nesta cidade famosa por ser úmida”, contou o cantor.

Vitor Ramil segue relatando as dificuldades que passou para gravar o álbum. Mesmo assim, movido por desafios, ele decidiu arriscar:

“Estando em meio às obras, o teatro não contava ainda com sistema de calefação e desumidificação. O jeito foi atuar por entre pisos e paredes de onde vertia água. Isso nos obrigou a abrir mão de alguns microfones que não suportaram o ambiente não controlado. A iluminação também precisou ser improvisada diante da falta do urdimento ainda não instalado sobre o palco. Uma dificuldade aqui, outra ali, boa parte delas já previstas, e gravamos dezessete canções em duas noites! Dezesseis inéditas, mais Stradivarius, que eu gravara em meu álbum mais recente, Campos Neutrais (2017)”, detalhou ele.

Mudanças no percurso

A princípio, o projeto havia sido aprovado no Natura Musical para ser apresentado como espetáculo em três capitais: Florianópolis, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Porém, devido às condições impostas pela pandemia, a ideia inicial precisou ser adaptada.

“Antes da crise sanitária eu já estava trabalhando o repertório do show com um grupo de músicos, visando a realização de um álbum de estúdio. Diante da nova realidade, que não permitiria também a aglomeração em um estúdio de gravação, e que, principalmente, deixara toda a equipe técnica do show sem poder exercer suas atividades por um período indeterminado, optamos pela realização do show de uma maneira que todos os colaboradores pudessem trabalhar sem colocar suas vidas em risco”, explica Vitor Ramil.

A atmosfera cênica de Avenida Angélica foi criada por Isabel Ramil, filha de Vitor, que, além de incorporar uma luz sutil, contou com um velho ônibus em cujos bancos de trás, a certa altura, o músico passa a batucar. Esses momentos do show viraram uma série de vídeos que eram como segundas leituras dos mesmos poemas que foram musicados — as gravações serão disponibilizadas no YouTube também nesta quinta-feira (7). Além disso, o álbum sairá em mídia física, em data ainda não definida.

Para curtir, faixa a faixa, o álbum “Avenida Angélica”, em que Vitor Ramil musicou poemas de Angélica Freitas, sua conterrânea de Pelotas, no Rio Grande do Sul, escolha sua plataforma de áudio. Agora, para assistir ao show, acesse o player abaixo.

Marcos Aurélio

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