Chico César e Geraldo Azevedo circulam o Brasil em turnê

Chico César e Geraldo Azevedo finalmente vão estrear, nesta sexta-feira, a turnê Violivoz, programada para rodar o Brasil em 2020, mas que precisou ser adiada, devido à pandemia da Covid-19.

A parceria pode ter começado numa noitada de violão a dois, na casa do paraibano Chico César, que mora em São Paulo, quando ele e o pernambucano Geraldo Azevedo pensaram, cada qual por si: “A gente bem que podia fazer isso para o público. Para os nossos públicos”. Admiração mútua nem sempre implica em identificação, mas a reunião destes dois artistas para o espetáculo Violivoz, que vai percorrer o Brasil a partir deste ano, promete uma vibe em comum e um território comum de “inclinações musicais”.

“Temos pensado em canções onde a gente possa brincar com o instrumento”, diz Chico César, lembrando músicas como Bicho de 7 Cabeças ou Meu Pião. Canções que vão sendo testadas para o repertório, como também Mama África, Dia Branco, À Primeira Vista, Menina do Lido”…

Ao ser questionado se é o violão, a musicalidade, que aproxima os artistas, Geraldo Azevedo respondeu. “Eu acho que é o charme das canções”, responde o artista, aludindo a outra música do repertório. “A arte de compor, de trabalhar, de dar polimento à música até ver que ela ficou pronta… Acho que cada um de nós vê isso no trabalho do outro e se identifica”, completa o pernambucano. Confira outras notícias com o Versos e Prosas.

Geraldo Azevedo conheceu o trabalho de Chico César através de Carlos Bezerra, o Totonho, um paraibano famoso pelo trabalho musical Totonho e os Cabras. Totonho era, tal como Chico César, uma “cria” do grupo de música de vanguarda paraibano Jaguaribe Carne, liderado em João Pessoa por Pedro Osmar e Paulo Ró.  Os dois, Chico e Geraldo, tinham canções num projeto que não chegou a ser gravado, mas Geraldo, ao escutar as músicas de Chico, pediu que ele viesse gravar o violão.

“Quando algum tempo depois foi lançado Aos Vivos, “pra mim foi uma revelação. Além das composições em si, o violão de Chico César buscava outros caminhos, com um estilo muito pessoal, que só ele seria capaz. Virei divulgador (risos)… Comprei duas caixas de CDs e saí distribuindo para as pessoas, dizendo para elas: Dá uma escutada nisso aqui, e depois me fala”, contou Geraldo Azevedo.

A admiração tornou-se recíproca neste momento. Chico César, cerca de vinte anos mais novo, já acompanhava o trabalho de Geraldo – uma das figuras de maior presença na geração de nordestinos que se projetou na Música Popular Brasileira durante a década de 1970.

O resultado dessa admiração mútua, o público de nove capitais brasileiras vai poder conferir, a partir desta sexta-feira (29), quando a turnê Violivoz, que reúne Chico César e Geraldo Azevedo tem início, no Recife, capital pernambucana, a partir das 21h.

O espetáculo será no Teatro Guararapes, com ingressos à venda a partir de R$ 70 no site Eventim ou na bilheteria do teatro, localizado em Olinda, no Grande Recife.

Confira as demais datas já divulgadas da turnê Violivoz, de Chico César e Geraldo Azevedo:

30/10 e 31/10 – Natal (RN)

12/11 – Aracaju (SE)

13/11 – Maceió (AL)

02/12 – Porto Alegre (RS)

04/12 E 05/12 – Rio de Janeiro (RJ)

14/01/2022 e 15/01/2022 – Salvador (BA)

21/01 – João Pessoa (PB)

22/01 – Fortaleza (CE)

Vale destacar que os shows atenderão às medidas de segurança estabelecidas pelos respectivos governos locais, conforme o caso, e seguirão os protocolos em vigor na data de sua realização.

Marcos Aurélio

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