Rico Ayade lança clipe intenso e provocativo de Negue, clássico da MPB, sob um olhar LGBTQIA+

O cantor e compositor baiano Rico Ayade lançou, na noite desta terça-feira (5), o clipe do samba-canção Negue, um clássico da nossa Música Popular Brasileira, que ficou bastante famoso na voz de Maria Bethânia.

A proposta do artista, que faz parte da comunidade LGBTQIA+, é trazer um novo olhar sobre clássicos da MPB.

Negue foi composto na década de 1960 por Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos. Primeiramente, Carlos Augusto gravou a canção, em 1960. Posteriormente, nomes como Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto, Agostinho dos Santos, Joanna, Pery Ribeiro e Ângela Maria também regravaram a canção, mas foi na voz de Maria Bethânia que o samba ganhou fama nacional.

Confira, com o Versos e Prosas, os detalhes do clipe de Negue, clássico da MPB na voz de Maria Bethânia, que ganha a releitura, com um olhar LGBTQIA+, de Rico Ayade.

A trajetória de Rico Ayade

Rico Ayade é considerado um dos principais expoentes da chamada Nova MPB. Rico Ayade já gravou quatro álbuns de estúdio e um disco ao vivo. Entre discos e singles, o artista baiano, criado em Jequié, e que hoje vive em São Paulo, já colaborou com nomes como Zeca Baleiro e Illy.

No teatro, Ayade atuou no elogiado  “Tropicalistas, o musical”, em 2016, quando viveu Caetano Veloso na peça.

Negue, clássico da MPB, ganha clipe intenso e provocativo, sob um olhar LGBTQIA+

O cantor e compositor baiano Rico Ayade lançou, na noite desta terça-feira (5), o clipe do samba-canção Negue, um clássico da nossa Música Popular Brasileira, que ficou bastante famoso na voz de Maria Bethânia.

A proposta do artista, que faz parte da comunidade LGBTQIA+, é trazer um novo olhar sobre clássicos da MPB, como o que ocorreu com Negue. Confira outras notícias conosco.

“Os clássicos precisam ser revisitados para que continuem vivos. Antigamente essas canções não tinham clipe, e se tivessem, na época em que foram gravadas, jamais seriam clipe com personagens lgbtqia+ vivendo essas histórias. O que proponho é que essas histórias que marcaram gerações sejam recontadas, para que estes clássicos sejam ressignificados dentro desse novo contexto, muito mais diverso, em que vivemos atualmente”, revela Rico.

Vale lembrar que Rico Ayade lançou, no ano passado, o clipe com releitura da canção O Leãozinho, de Caetano Veloso, também sob um olhar LGBTQIA+. A canção faz parte do EP Tropicaê – Rico canta Caetano, que o artista lançou, em agosto de 2021, em homenagem aos 80 anos de Caetano Veloso.

O clipe de Negue

Multiartista, o intérprete que tem formação no teatro, estrela o clipe ao lado do ator convidado Barroso, conhecido da série Aruanas e que acabou de gravar o longa Meu Nome É Gal, que fala da vitoriosa carreira de Gal Costa, onde viverá o cantor Jards Macalé.

No clipe, que mais parece um filme de arte do que um simples clipe, podemos sentir a carga dramática dos atores numa cena de plano em sequência de tirar o fôlego, dentro de um carro em movimento na noite da capital paulistana.

“Desde o início eu sabia o que queria passar com esse filme e sabíamos que seria um plano em sequência. Quando o Mavi (diretor) trouxe a proposta de ser dentro do carro, eu simplesmente adorei, porque refletia também a agonia da dureza da cidade que atravessa nossas questões pessoais, e isso adiciona uma carga dramática incrível à toda a cena que já é forte por si só”, detalha Ayade.

A versão musical do artista traz arranjos modernos, assinados pelo produtor Rabi Rodrigues, que deixaram a canção com uma batida envolvente e sexy. Além disso, Ayade traz em sua interpretação a malemolência do seu sotaque baiano, e toda dramaticidade vocal que os anos de teatro lhe conferiram.

O filme de “Negue” tem a direção de Mavi, fotografia de Roberto Riva e assistência de Julio Becker, com concepção do próprio Rico Ayade e distribuição do Selo Camarada e da Ingrooves.

Para conferir como ficou o clipe de “Negue”, este clássico da MPB, na releitura de Rico Ayade, acesse o player abaixo.

Marcos Aurélio

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