Música Black e soul brasileira ganha releitura da orquestra Opus

A música black e soul brasileira vai ganhar, neste fim de semana, arranjos orquestrais, com a releitura de grandes hits do gênero, que será realizada em uma live pela Orquestra Opus.

A música black e soul brasileira conta com nomes importantes da nossa MPB, tais como Tim Maia, Sandra de Sá, Jorge Bem Jor, Michael Sullivan, Paulo Massadas, dentre outros.

O movimento soul surgiu na década de 1950, nos Estados Unidos, e é um retrato da música negra existente pelo mundo.

Acompanhe, com o Versos e Prosas, todos os detalhes sobre a música soul no mundo e a música black e soul brasileira, bem como o repertório e os cantores e compositores homenageados pela Orquestra Opus. Você segue conosco?

Música Black e soul brasileira tem grandes sucessos interpretados pela Orquestra Opus
Foto: Naiara Napoli / Divulgação

Como surgiu a soul music?

A soul music seria algo como canto que vem da alma, o clamor que transmite uma emoção indescritível. Este genro musical teve início na década de 1950, nos Estados Unidos.

O gênero se deu através de uma fusão da música gospel, tocada nas igrejas protestantes americanas, com o rhythm and blues.

O termo soul significa alma, e isso nos permite compreender um pouco sobre o que é este gênero poderoso que teve sua origem na necessidade de expressão do povo negro de ser ouvido e falar ao mundo sobre as questões sociais e políticas.

É nesse contexto que a soul music nasce e nomes como Ray Charles, James Brown, Aretha Franklin, Nina Simone, Marvin Garvey e tantos outros surgem para mudar a história da música e contribuir com os novos estilos e subgêneros.

A música e a cultura africana

A cultura africana tem uma ligação muito forte com a música e, naquele período, a luta contra o racismo e os diversos movimentos sociais se intensificaram como uma espécie de revolução dos jovens.

Por conta disso, a soul music ficou conhecida como a principal identidade do povo negro, com influencia também dos corais das igrejas protestantes, que sempre tiveram uma importância muito grande nos Estados Unidos.

Das misturas de ritmos e de culturas, a soul music se destacou com letras que falavam de questões sociais e de amor, sempre com muito groove e energia. O gênero se tornou a válvula de escape para gritar os ideais dos jovens e suas ambições por direitos e respeito ao orgulho negro.

A música black e soul brasileira

A música black e soul brasileira surgiu no início da década de 1960 e tem em Tim Maia seu principal nome por aqui.

Com apenas dezessete anos, Tim Maia muda–se para os Estados Unidos, para estudar cinema. Após três anos, depois de ter sido preso várias vezes, o cantor é deportado para o Brasil.

Durante o tempo em que o jovem passou no país norte-americano, participou de alguns conjuntos e contabiliza como lucro ter aprendido os ritmos de lá. Dessa forma, de volta ao Brasil, Tim Maia foi o responsável pela introdução da música soul aqui, e se tornou também nosso principal compositor e intérprete do gênero. Saiba tudo sobre Tim Maia.

Outros nomes de destaque do gênero

Na década de 1960, antes mesmo da chegada de Tim Maia, podemos dizer que já se fazia aqui uma música com traços do balanço norte americano, mas não sólida como a que viria um pouco adiante. Jorge Ben Jor já havia gravado algumas músicas, tais como Agora Ninguém Mais Chora, Negro É Lindo, Que Nega É Essa.

Outro nome do gênero foi Wilson Simonal, em sua fase “Pilantragem”, com canções como Mamãe Passou Açúcar em Mim, País Tropical e Tributo a Martin Luther King.

A trajetória da Orquestra Opus

A Orquestra Opus realizou, em 15 anos de trabalhos, mais de 200 espetáculos por oito estados brasileiros, onde pode fomentar a música orquestral, motivo que levou à criação do projeto “Orquestrando Brasil”, iniciado em 2006.

Além desses concertos onde busca democratizar a música de concerto com uma comunicação mais próxima do público, a Orquestra Opus começou a convidar artistas da MPB para realizar o projeto “Orquestra OPUS convida”, como ocorrerá com a Live Orquestra Opus e a música black e soul brasileira.

Com este projeto, a Orquestra Opus já realizou espetáculos com Milton Nascimento, Daniela Mercury, Ana Carolina, Fafá de Belém, Guilherme Arantes, Leo Jaime, Flávio Venturini, Sá & Guarabyra, Maria Gadú, Dado Villa-Lobos, Derico Sciotti, Sandra de Sá e Nando Reis, o que deu uma notoriedade e experiência nessa mistura de música popular com música erudita.

Mais recentemente, a Orquestra Opus convidou o cantor e compositor mineiro Wilson Sideral, para celebrar o Dia Mundial do Rock.

Ao longo dos últimos anos, a Orquestra Opus gravou dois CDs e levou a música brasileira para outros países, como Alemanha, França e Peru.

A música black e soul brasileira e o repertório da Orquestra Opus

A música black e soul brasileira vai dar o tom em mais um espetáculo da série Concertos Virtuais Tracbel, apresentada pela Orquestra OPUS. Com a participação dos cantores Michelle Oliveira e Leandro Pena, o show, realizado em formato de live, terá no repertório hits imortalizados por Tim Maia, Sandra de Sá e outros nomes da black music nacional.

“Sucessos da música black e soul vão ganhar roupa de gala com arranjos orquestrais. Dois cantores estarão no palco interpretando, junto da Orquestra, canções que marcaram época de compositores como Tim Maia, Monalisa, Paulo Massadas, Michael Sullivan e muito mais”, conta o maestro Leonardo Cunha.

A música black e soul brasileira contará com um repertório recheado, que terá um toque de clássico com a Orquestra Opus. Dentre os sucessos, que todo mundo canta junto, estarão Olhos Coloridos, Retratos e Canções, Quem É Você, Soul de Verão, Solidão, Bye Bye Tristeza, Bons Momentos, Dia de Domingo, Gostava Tanto de Você, Vale Tudo / Descobridor dos Sete Mares, Joga Fora e Não Quero Dinheiro.

A série Concertos Virtuais Tracbel é apresentada pelo Grupo Tracbel, por meio de recursos diretos. A empresa é patrocinadora da Orquestra Opus desde o seu primeiro concerto, em 2006.

A música black e soul brasileira vai ganhar a releitura clássica da Orquestra Opus neste sábado (24), a partir das 20h30, no canal do Grupo Tracbel no Youtube. Acompanhe!

Marcos Aurélio

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